“O Brasil ainda não percebeu o tamanho do potencial turístico que tem”, afirma Álvaro Garnero

  • Por Jovem Pan
  • 27/06/2014 14h21
Nathália Rodrigues / Jovem Pan

Além de ser empresário, Álvaro Garnero tem dedicado os últimos anos a viver aventuras em vários países, em gravações do programa de dicas de viagens 50 por 1 , da Rede Record. Depois de visitar tantas cidades nas sete temporadas do programa, ele percebeu que alguns dos paraísos do planeta estão bem aqui, no Brasil. Ele esteve no Pânico para contar sobre suas experiências.

Para ele, locais como a Chapada das Mesas, no Maranhão e Maceió, em Alagoas, não deixam nada a dever a lugares como Cancun e Singapura. “Me entristece muito a gente receber menos turistas que Buenos Aires. A gente tem que começar a olhar para o turismo no Brasil, o Brasil ainda não percebeu o tamanho do potencial turístico que tem”, afirma ele, com a certeza de que o grande legado da Copa do Mundo será o retorno dos turistas nos próximos anos. “Temos um milhão de pessoas falando bem do país, no boca a boca eles vão trazer nove milhões de turistas ao Brasil no ano que vem”, acredita ele. “O Brasil ainda não percebeu o tamanho do potencial turístico que tem”, afi

O programa 50 por 1 foi ao ar pela primeira vez em 2005 e surgiu a partir da ideia de mostrar as 50 melhores experiências de viagens. “Poucas pessoas acreditaram que ia dar certo, mas estamos aí há quase uma década.”, diz Álvaro.

Para produzir os episódios tão longe do Brasil a equipe é compacta, composta de quatro a oito pessoas, com o uso de equipamentos pequenos. “A gente vai na raça, sem visto de trabalho, senão ia levar dois anos só para conseguir todos os vistos. A gente falava que era turismo”, conta o apresentador.

Ele passou por muitas situações curiosas, como quando foi ao Vietnã e comeu um coração de cobra que ainda batia, uma iguaria considerada afrodisíaca. A equipe também passou por vários apertos. Eles foram abandonados por várias horas em uma estação de trem deserta na fronteira entre a China e a Mongólia. Já em Moçambique não conseguiram embarcar no voo porque o avião estava lotado. “O diretor pegou a câmera e fingimos que estávamos fazendo uma reportagem sobre o overbooking do voo, já que a Record é muito forte por lá e é conhecida. Chamaram a polícia, fecharam o aeroporto e levaram o diretor. Não embarcamos e só conseguimos viajar no dia seguinte”, conta ele.

Entre todos os destinos visitados, o menos favorito para Garnero foi Mumbai, onde há várias pessoas na rua e muito barulho.  “Eu acho que eles colocam o dedo na buzina e ficam 24 horas grudados nela, é um negócio irritante”. Já o local mais agradável, segundo ele, foi a ilha de um sheik  que tinha um zoológico particular. “Nunca vi tantos bichos embaixo de um calor de 60 graus”, disse ele.

Ele deu indicações de locais interessantes para visitar, contou mais detalhes da próxima temporada do programa e falou de seus outros projetos e empresas. Confira na íntegra o áudio.

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