"O Brasil prende muito, mas prende mal", afirma Secretário de Segurança de São Paulo
No cargo desde janeiro de 2015, Alexandre de Moraes esteve no programa Pânico desta quarta (17) discutindo sobre a segurança em São Paulo e no restante do País.
Advogado por formação, Moraes explicou que “pela primeira vez, desde 1999, todos os índices criminais diminuíram em São Paulo”. Para ele, o desenvolvimento de uma metrópole se deve a três pilares: segurança, saúde e educação, nessa ordem. “São Paulo e a capital são os locais com uma taxa menor que 10% de homicídios a cada 100 mil habitantes.”
Com cerca de 45 milhões de habitantes, a sensação de insegurança na cidade de São Paulo é grande. Para Alexandre, “a melhoria dos índices de criminalidade deve ser constante”.O Secretário ainda afirmou que São Paulo é o Estado que mais investe em segurança pública. “São cerca de 8 bilhões”, enfatizou.
O Secretário também acredita que o “Brasil prende muito, mas prende mal”. Para ele é necessário prender qualitativamente. “Quem comete um crime sem violência precisa ir para a prisão? Por que não uma prestação séria de serviços à cidade?”, questiona.
Cracolândia
Para Alexandre o problema de tráfico de drogas é uma questão que vai mais além do que a segurança pública: “é também de saúde e de habitação”, afirmou. Segundo ele, “enquanto houver mercado consumidor muito grande, haverá quem oferecerá”.
Moraes citou a Cracolândia, um dos maiores problemas de São Paulo: “não basta apenas o tratamento de abstinência e depois jogar na rua. É preciso emendar com uma política de emprego e de moradia”, disse.
Pena de morte
Questionado por Carioca sobre a polêmica que esse assunto gera, Alexandre de Moraes afirmou categoricamente que não é a favor da pena. “Em nenhum lugar do mundo em que foi aplicada diminuiu a criminalidade”, define.
Segundo o Secretário, o Estado tem a obrigação de fazer justiça, mas sem a necessidade da morte ou de alguma forma mais grave. Na opinião de Moraes, o cumprimento correto da pena de prisão funcionaria melhor.
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