"O Brasil prende muito, mas prende mal", afirma Secretário de Segurança de São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 17/02/2016 14h13
Mayra Chibante / Jovem Pan <p>Secretário de Segurança de São Paulo participou do programa nesta quarta-feira (17)</p>

No cargo desde janeiro de 2015, Alexandre de Moraes esteve no programa Pânico desta quarta (17) discutindo sobre a segurança em São Paulo e no restante do País.

Advogado por formação, Moraes explicou que “pela primeira vez, desde 1999, todos os índices criminais diminuíram em São Paulo”. Para ele, o desenvolvimento de uma metrópole se deve a três pilares: segurança, saúde e educação, nessa ordem. “São Paulo e a capital são os locais com uma taxa menor que 10% de homicídios a cada 100 mil habitantes.”

Com cerca de 45 milhões de habitantes, a sensação de insegurança na cidade de São Paulo é grande. Para Alexandre, “a melhoria dos índices de criminalidade deve ser constante”.O Secretário ainda afirmou que São Paulo é o Estado que mais investe em segurança pública. “São cerca de 8 bilhões”, enfatizou.

O Secretário também acredita que o “Brasil prende muito, mas prende mal”. Para ele é necessário prender qualitativamente. “Quem comete um crime sem violência precisa ir para a prisão? Por que não uma prestação séria de serviços à cidade?”, questiona.

Cracolândia
Para Alexandre o problema de tráfico de drogas é uma questão que vai mais além do que a segurança pública: “é também de saúde e de habitação”, afirmou. Segundo ele, “enquanto houver mercado consumidor muito grande, haverá quem oferecerá”.

Moraes citou a Cracolândia, um dos maiores problemas de São Paulo: “não basta apenas o tratamento de abstinência e depois jogar na rua. É preciso emendar com uma política de emprego e de moradia”, disse.

Pena de morte
Questionado por Carioca sobre a polêmica que esse assunto gera, Alexandre de Moraes afirmou categoricamente que não é a favor da pena. “Em nenhum lugar do mundo em que foi aplicada diminuiu a criminalidade”, define.

Segundo o Secretário, o Estado tem a obrigação de fazer justiça, mas sem a necessidade da morte ou de alguma forma mais grave. Na opinião de Moraes, o cumprimento correto da pena de prisão funcionaria melhor.

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