‘O politicamente correto está ridículo’, diz Geraldo Magela

Jovem Pan Geraldo Magela foi o convidado do Pânico nesta quinta-feira (28)

Depois de anos na TV, o humorista Geraldo Magela trocou de telinha e criou um canal no YouTube, onde faz seu próprio programa. “Tenho vontade de fazer um programa de TV, mas o ‘não’ já é certo, então fiz um programa no YouTube”, afirmou em entrevista ao Pânico nesta quinta-feira (28).

O comediante, famoso por fazer piadas com sua deficiência visual, faz o programa “Cegos, Mancos e Loucos” com Kaquinho Big Dog, quem ele chama de “manco” – e não vê problema algum com o termo. “O politicamente correto está ridículo, está chato”, reclamou Magela.

“Eu tenho um amigo negro, não posso chamar de negão, vou chamar do que? De loiro?”, continuou o humorista. “Se você tem um amigo há 10 anos, ele é negro, se ele me chama de cego, cegueta, galo cego, eu não posso chamá-lo de negão, crioulo?”, questionou. Ele ainda brincou com a forma politicamente correta de falar sobre sua deficiência visual. “Me chamam de portador de deficiência visual, parece que estou carregando droga.”

Comédia e política

Geraldo Magela também reclamou dos humoristas que estão se envolvendo na política. “No Twitter, até os humoristas não estão fazendo graça, estão falando de política de maneira séria”, disse, apesar de ele próprio ter concorrido a uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de 2018.

Eleitor do presidente Jair Bolsonaro, Magela afirmou que o Brasil está melhorando e se mostrou otimista com o futuro do país. “Os nossos filhos e netos vão ver um Brasil maravilhoso”, projetou.

O comediante, no entanto, disse defender o Brasil, e não o presidente. “Se o cara aprontar, a gente tira ele de lá”, afirmou, pedindo para que a sociedade desse um voto de confiança a Bolsonaro. “Vamos acreditar mais. Mas se ele errar, a gente tira de lá.”