‘O problema do Brasil é o ressentimento em relação à riqueza’, diz Renata Barreto
Em entrevista ao Pânico, a economista destacou ser mais importante diminuir a pobreza do que a desigualdade e afirmou que ‘o liberal não é contra programas assistencialistas’
Nesta terça-feira, 20, o programa Pânico recebeu a economista e empreendedora Renata Barreto. Com forte presença nas redes sociais — soma quase 1 milhão de seguidores entre Instagram e Twitter —, ela discutiu a desigualdade social e comparou os Estados Unidos com a Etiópia. “Está muito óbvio que a economia de mercado e o capitalismo fazem com que as coisas funcionem. Os Estados Unidos são mais desiguais que a Etiópia, mas naturalmente são muito melhores para viver. Você não deve atacar a desigualdade, às vezes você ataca a geração de riquezas”, disse. “Se você diminui a riqueza, diminui a desigualdade, mas não a pobreza, que é o mais importante. Os bilionários, juntos, perderam muito dinheiro. Tem muito esse ataque à riqueza. O problema do Brasil é esse, esse ressentimento em relação à riqueza. O Estado, quando manipula demais, regula demais, é difícil de fazer empresa, você esta gerando mais desigualdade. O liberal não é contra um programa assistencialista.”
Renata também defendeu a liberdade de expressão e citou o exemplo da OMS e a pandemia de Covid-19. “Eles fizeram um monte de recomendação furada. Ouviram muito a China, a China sumiu com os médicos, escondeu informações. Cada hora era uma coisa diferente. A ciência debate. Se você tira a liberdade de expressão do debate, não existe debate”, opinou. “O Lula mente para caramba, mas eu não quero que ele pare de falar. Quanto mais ele falar, melhor. Tem que existir nos limites da lei. A guilhotina vai vir para nós, mas depois vai vir para quem falou que a guilhotina era boa. Isso aconteceu em toda a história. Todos devemos lutar é pela liberdade de expressão”, concluiu.
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