Oncologista reclama de influência política na pílula do câncer: "não entendem de medicina"

  • Por Jovem Pan
  • 15/09/2016 14h04
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Johnny Drum/Jovem Pan <p>Dr. Fernando Maluf é o criador do Instituto Vencer o Câncer</p>

Conhecida como a doença silenciosa, o câncer é uma das enfermidades que mais mata no mundo. Estima-se que até 2040 existirão cerca de 30 milhões de casos por ano mundialmente. Atualmente, com a polêmica da pílula do câncer, informações das mais variadas possíveis pipocam nos principais meios de comunicação.

Com o objetivo de informar a população, Fernando Cotait Maluf, Antônio Carlos Buzaid e Drauzio Varella fundaram, há dois anos, o Instituto Vencer o Câncer.

Em entrevista ao Pânico desta quinta-feira (15), Maluf explicou que “a ideia é tentar trazer os melhores especialistas, das melhores áreas e democratizar a medicina. Além de tentar desmistificar a doença, porque muitas pessoas negligenciam os sintomas. Mais da metade dos brasileiros não vão espontaneamente ao médico”.

Nos últimos tempos, a “pílula do câncer” ganhou capas de revistas e entrevistas extensas nos programas de televisão. Há quem afirme que não passa de um complô das redes farmacêuticas e há quem acredite que apenas um simples comprimido pode curar a temida doença.

Para acalmar os ânimos e explicar a quantas anda os estudos da fosfoetanolamina, Dr. Fernando revelou que a droga está nos seus primeiros estágios de estudo. Normalmente, depois de passar pela fase dos testes animais, a análise em seres humanos demora e possui, no mínimo, três níveis.

“A pílula está no primeiro estudo. A chance de funcionar num ratinho e ser aprovada é de 1 para 100. É a primeira vez na história mundial que uma droga é aprovada por uma sanção política. Houve uma carona dos políticos, que não entendem nada de medicina”, desabafou.

Mais que isso, segundo Dr. Maluf, afirmou que a grande dificuldade de cura em um câncer em estágio avançado é a constante mudança e alteração das células. “Existem muitas facetas do mesmo tumor, as células não são idênticas. Não tem um único remedinho. Você tem um exército de escudo e armas diferentes”, disse.

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