Para analista político, a juventude engajada na política está "imbecilizada"

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2016 14h22
Jovem Pan <p>Flavio Morgenstern falou sobre o momento político do Brasil</p>

Segundo o DataFolha, 80% dos brasileiros estão insatisfeitos com o governo de Dilma Rousseff. Nesta quarta-feira (11), o Senado decide se a presidente continua na liderança ou se o impeachment se concretiza, afastando Rousseff por 180 dias.

Flavio Morgenstern, analista político, esteve no Pânico dessa quarta (11), não apenas debatendo sobre o segundo impeachment da história brasileira, mas também fez uma reflexão a respeito de como chegamos nas discussões políticas infrutíferas que lotam as redes sociais.

Morgenstern enxerga o atual momento político do país como um cenário bastante reduzido. Para ele, esse contexto se deve às gerações mais jovens, que estão “imbecilizadas e lobotomizadas por besteirinhas do Twitter”. O especialista ainda arrisca a opinião de que “o jovem tem que calar a boca e jogar videogame”.

Autor do livro “Por trás das Máscaras”, onde analisa o papel da internet na política, Flavio defende que as redes sociais têm o poder de reduzir o discurso político, simplificando demais os ideais: “hoje tudo é reduzido a umas três, quatro palavras. Você discute no bar, na faculdade e são sempre as mesmas coisas: golpe, elite, coxinha”.

Com uma posição de direita declarada, Morgenstern questionou os verdadeiros motivos das manifestações populares, que começaram em 2013. “Era um sentimento difuso no ar. Me mostre alguém que estava na rua em 2013 que sabia o que estava fazendo”.

Impeachment

Defensor do raciocínio de que a política brasileira é “teatral”. Flavio Morgenstern afirma que “todo mundo sabe que a Dilma vai cair. É tudo teatro, por que cada senador vai falar? Você transforma toda discussão num show de calouros”.

Se ele tem um nome melhor que solucione os problemas? “Infelizmente não. Eu votei, a contragosto, no Aécio, porque não tinha opção”.

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