Poliglota e chef de cozinha, Felipe Titto diz que não quer se prender apenas a novelas

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2014 14h17
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Jovem Pan

Felipe Titto ficou conhecido nacionalmente por sua participação em Amor à Vida, antiga trama das 21h da TV Globo, em que atuou como mordomo e amante da personagem de Bárbara Paz. Poucos sabem, porém, que suas habilidades vão muito além das telinhas. Muito mesmo: o rapaz é poliglota, chef de cozinha e praticante de esportes radicais. Em entrevista ao Pânico nesta quarta-feira (21), ele revelou que gostaria de ter espaço para mostrar esses e outros lados, talvez em algum programa de variedades na televisão. 

“A teledramaturgia é ‘maneira’, faço desde os 7 anos de idade. E quero fazer mais! Claro que não vou parar, vou continuar em novelas. Mas agora a ‘linha de show’ me atrai muito. Até porque eu falo quatro línguas, sou chef de cozinha, faço vários esportes. Queria mostrar tudo isso também”, disse. 

Após estrelar uma série de comerciais, o primeiro trabalho de destaque do ator na TV foi em 2005, quando esteve no elenco de Malhação. Em seguida, ele ganhou uma bolsa para estudar cinema e foi morar em Los Angeles, nos Estados Unidos. Para sobreviver por lá, passou a trabalhar em um restaurante. E foi aí que começou a se aproximar de outras línguas e da gastronomia. Poliglota e chef de cozinha, Felipe Titto diz que não quer se prender apena

“Comecei a cozinhar para me bancar, eu era pobre. Comecei fazendo pizza, depois fui para massas, depois outros pratos. Eu precisava de dinheiro e nós recebíamos por hora. Então eu cobria todo mundo. Fazia jornada dupla. Cheguei a trabalhar 26 horas seguidas”, contou. 

Ao voltar ao país, anos depois, fez uma breve participação em Avenida Brasil, até que entrou, em 2013, para Amor à Vida, novela que viria a consagrá-lo – e não só como ator, mas também como galã. Titto garante, no entanto, que o assédio das mulheres não mudou tanto assim depois disso. 

“Magrinho e pobre eu comia gente para caramba também. Não mudou muita coisa nesse sentido, não. O dinheiro e o tamanho levantam, mas não tanto”, afirmou. “E não me sinto tão assediado. Nego fala ‘galã’, mas se qualquer um aparecer transando na novela das 21h vai virar símbolo sexual. Não percebo as mulheres olhando o tempo inteiro, como dizem. Só quando elas falam olhando para meu zíper (risos). Malícia o tempo todo não existe. As pessoas exageram”, completou.

Atualmente, o ator participa do quadro Saltibum no Caldeirão do Huck, disputa de saltos ornamentais entre artistas que nunca haviam praticado o esporte antes. Ele é capitão de uma das equipes, e Caio Castro é de outra. 

“Funciona assim: vamos pontuando a cada salto. Até o final, quem tiver mais pontos ganha. E nenhum de nós sabia como fazer aquilo. Dá medo e machuca, o corpo fica todo roxo. Em um dos programas, trinquei o cóccix. Fiquei dois meses sentando de lado. Não tem o que fazer, só tomar cálcio e rezar”, explicou. “Hoje o Caio está ganhando por dois décimos. Tomara que eu consiga passar, senão vou ter que tatuar o nome dele na bunda (risos). Apostamos isso. Se eu ganhar, é ele que vai tatuar”, revelou em seguida.

Aproveitando o rumo da conversa, o entrevistado comentou a polêmica em que o amigo se envolveu recentemente ao afirmar, durante uma entrevista, que não tinha interesse em teatro e literatura. Rebatendo as críticas de quem o julgou, fez questão de defender a postura e a qualidade profissional do companheiro. 

“Faço a linha de que tem que falar a real sempre, então tiro o chapéu para ele. O Caio é convicto das paradas dele. É um cara que não precisa agradar ninguém. E ele foi mal interpretado. Existe muito jornalismo preguiçoso de ‘nego’ que usa o nome de jornalista, mas na verdade caiu de paraquedas ali e só faz coisa negativa. Eu fiz teatro só quando era moleque também, depois nunca mais. Comecei a ganhar dinheiro na televisão e sempre precisei continuar. Não sou rico, ajudo minha família, tenho um filho pequeno. É muita conta para pagar. Infelizmente, o teatro não é tão lucrativo”, declarou.  

“Não desminto que a essência do ator seja o teatro. Lá tem público, improvisação. Mas acho que existem exceções. O Caio é bom, fez novela atrás de novela. Se fosse ruim, não o estariam chamando tanto. No mínimo vendável ele é. Ele sabe o que está fazendo”, finalizou. 

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