Pondé diz que fim do MEC seria uma das soluções para a educação no Brasil
Ao Pânico, o filósofo disse o que faria para resolver os problemas da área no país
O filósofo Luiz Felipe Pondé disse, em entrevista ao Pânico nesta quarta-feira (8), que o fim do Ministério da Educação (MEC) seria uma das soluções para a educação no Brasil. “Fecha o MEC e deixa a educação na mão dos estados e municípios“, defendeu. “O MEC é um elefante branco que não serve para nada”, continuou o escritor, ressaltando que “fala sério” quando sugere o fim da pasta e que o momento atual, em que o ministério não tem chefe, seria o ideal para isso. “A gente acaba se concentrando muito numa expectativa de que três ou quatro pessoas vão ter ideias incríveis para resolver o Brasil”, afirmou.
Para Pondé, deixar a educação exclusivamente nas mãos de estados e municípios fará com que surjam soluções adequadas para cada região do país. “A autonomia gera mais criatividade e soluções distintas para regiões distintas”, explicou o filósofo. Um dos cenários distintos em cada região do Brasil diz respeito ao acesso ao ensino à distância, o que ficou explicitado pela pandemia da Covid-19. Com a impossibilidade de aulas presenciais, as instituições de ensino recorreram a essa alternativa. “O uso da educação à distância não é a mesma coisa que aconteceu agora. É uma pedagogia específica com especialistas da área”, disse.
Outro problema da educação no país é, na visão do escritor, a presença dos pais nas escolas e universidades. “A fertilidade das mulheres despenca no Brasil, e as escolas têm que fidelizar os pais e os trazem para dentro da escola. Isso é o fim da picada, eles se metem onde não devem”, desabafou. “A universidade é invadida por pais e mães que acham que entendem de educação e não suportam quando os filhos bombam”, continuou.
Ainda na entrevista, Luiz Felipe Pondé resumiu quais seriam as ações para resolver o problema da educação no Brasil. “Fechar o MEC, afastar os pais da escola, diminuir a fetichização, entender que ensino à distância é luxo como bolsa Louis Vuitton e aumentar o salário dos professores para um piso de R$ 10 mil por mês”, explicou o filósofo.
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