Produtores negam que documentário defenda a ditadura: ‘Somos contra ideologia’

  • Por Jovem Pan
  • 01/04/2019 14h31 - Atualizado em 01/04/2019 14h47
Jovem Pan Felipe Valerim, Henrique Viana e Lucas Ferrugem, do Brasil Paralelo, foram os convidados do Pânico nesta segunda-feira (1º)

O site Brasil Paralelo lança nesta terça-feira (2) o documentário “1964: O Brasil Entre Armas e Livros”, que fala sobre o golpe militar e a ditadura. O filme já causou muita polêmica e foi acusado de defender a ditadura, algo que os produtores Lucas Ferrugem, Henrique Viana e Felipe Valerim rechaçam. “Somos contra qualquer ideologia”, afirmaram em entrevista ao Pânico nesta segunda-feira (1º).

Segundo eles, a produção busca elucidar os fatos que aconteceram no país entre 1964 e 1989 sem a contaminação das narrativas. “É um período muito longo e contaminado de narrativas, é difícil separar a verdade da mentira”, disseram. O trio explicou que a ideia de fazer o documentário veio depois de uma vasta pesquisa sobre a história do Brasil.

O filme do Brasil Paralelo reconhece que houve tortura no período militar, mas os produtores ressaltaram que isso não era um instrumento do Estado. “Foi feito uma propaganda da tortura como arma institucional, mas não foi o que a gente encontrou. O que houve foi psicopatas”, explicaram, colocando a culpa das torturas cometidas na época exclusivamente nos torturadores.

Eles ainda discutiram a tortura denunciada pela ex-presidente Dilma Rousseff. “Não dá para saber se ela foi torturada, não tem documentos dizendo que ela foi e também não tem documentos dizendo que ela não foi”, disseram.

O documentário “1964: O Brasil Entre Armas e Livros” ficará disponível gratuitamente no YouTube a partir desta terça.

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