"Quem poderia apresentar?", diz Luiz Fernando Guimarães sobre Regina Casé na Olimpíada

  • Por Jovem Pan
  • 11/08/2016 14h20
Jovem Pan <p>Luiz Fernando Guimarães esteve no Pânico desta quinta-feira (11)</p>

Celebrando 40 anos de carreira, Luiz Fernando Guimarães, o eterno Rui de “Os Normais”, esteve no Pânico desta quinta-feira (11) abrindo o jogo sobre sua carreira e vida pessoal. O trocadilho é inevitável, antes da fama o ator era uma pessoa normal: “eu era bancário e adorava aquele trabalho”.

Em cartaz com um monólogo onde encarna não apenas um, mas oito personagens, o ator explicou que sua entrada no mundo artístico foi ao acaso. Bancário por causa de seu pai, o comediante era muito tímido e tinha problemas em se socializar com o mundo. “Eu não sabia me relacionar e qualquer trabalho seria bom para mim. Se eu fosse bancário até hoje seria feliz”, disse.

Integrante do extinto “TV Pirata” no final da década de 1980, Luiz Fernando atribui seu sucesso a amiga Regina Casé. “Devo a minha vida a ela”, contou. Tanto que ela levou Luiz para seu próximo projeto e assim que sua carreira global foi seguindo.
Aliás, sobre Regina, que dividiu opiniões na cerimônia de abertura da Rio 2016, Luiz defendeu com unhas e dentes. “As pessoas implicam muito com ela. Eu senti muito que o público ficou meio receoso. Achei demais, achei um orgulho. Quem você acha que poderia apresentar?”, questionou.

Globo, humor e politicamente correto
Com quatro décadas de uma carreira com papeis icônicos dentro do humor brasileiro, Luiz Fernando afirmou que nunca sentiu nenhum tipo de censura dentro da emissora global. “Na ‘TV Pirata’ eu tinha um personagem que falava ‘merda’ e o Boni cortou. Foi a única vez na vida”, explicou.

Ser comediante nos dias de hoje é perigoso. Ainda mais que o humor lida com uma linha tênue entre o engraçado e a maldade.
Para Guimarães, “eu sempre falei de tudo e falo até hoje. Acho que é o jeito de se falar. O humor não é em cima da bondade, é em cima da maldade, do cinismo e da ironia. Você como ator tem que saber até onde você está indo, de uma forma artística”.

Segundo o ator, sua carreira não pode ser levada como um exemplo, “tive a sorte de entrar na Globo em programas com caras conhecidas. Era eu, o Pedro Cardoso, a Debora Bloch e mais gente. Era uma turma fechada e pronta, que a televisão não entrava. Era uma dramaturgia nossa, que a gente escrevia em cima da hora e com uma liberdade imensa”.

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