Rafinha Bastos: ‘não evito falar de política, mas não vejo graça'
Rafinha Bastos decidiu se reinventar e encontrou nos Estados Unidos, em Los Angeles, o espaço para “recriar a carreira”. No cidade central dos comediantes, que é uma verdadeira “carnificina”, como ele mesmo define, o humorista reformulou as piadas, mas tem um tema que ele evita até mesmo comentar: política.
No Pânico na Rádio desta quinta-feira (20), Rafinha explicou o motivo de escapar do tema que norteia a maior parte das conversas dos brasileiros atualmente. “Existe uma cobrança para que você fale disso e não é que eu evito falar de política, mas eu não vejo graça. Não é que tenho medo da repercussão negativa, mas não me interessa”, falou.
Nos Estados Unidos, Rafinha adaptou seu humor para atingir os gringos sem usar o fato de ser brasileiro como o atrativo e, ao longo das tentativas, aprendeu que os americanos são mais sensíveis com alguns temas, como o machismo.
“Se você faz uma piada com machismo lá, você perde a plateia na hora. Tem uma alta sensibilidade que faz com que tudo pareça ofensivo, mas também o fato de não fazer as mesmas piadas de sempre te faz querer criar coisas diferentes”, falou.
E se engana quem pensa que Rafinha Bastos foi para o exterior para “jogar na cara da sociedade”. “Não fui para os Estados Unidos com intuito de jogar na cara de ninguém nem para provar nada. É um desafio novo, fui buscar algo novo pra mim, para me desafiar”.
Ultimato
Mesmo com a agenda acelerada nos Estados Unidos, Rafinha não abandonou o público brasileiro e lança na Netflix o show “Ultimato”, que foi gravado em São Paulo.
O projeto ganhou lançamento internacional na plataforma de streaming e, conforme ele mesmo avisou, tem algumas piadas “pesadas”. “Não sei se dura muito tempo no ar”, brincou.
“Ultimato” estreia nesta sexta-feira, 21 de setembro.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.