Roger Moreira promete que não vai romper com Bolsonaro: ‘Não vai rolar’
Em entrevista ao Pânico, Roger Moreira afirmou que não irá seguir os exemplos de Danilo Gentili e Lobão e continuará apoiando o presidente
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O músico Roger Moreira afirmou, em entrevista ao Pânico, nesta quarta-feira (13), que não irá romper com o presidente Jair Bolsonaro. “Não vai rolar”, respondeu ao ser questionado se iria deixar de apoiar o capitão reformado.
O líder do Ultraje a Rigor disse que não irá seguir o exemplo de Lobão e Danilo Gentili, com quem trabalha no “The Noite”, do SBT. O apresentador vem criticando Bolsonaro após apoiá-lo nas eleições do ano passado. “A gente discorda um pouco nesse ponto”, explicou.
Roger esclareceu que a dificuldade em tirar o PT do poder é o principal motivo pelo qual ele seguirá apoiando Bolsonaro. “Não é por causa de corrupção, é mais pela ideologia, coisas com as quais não concordo e não consigo entender como tem gente que concorda”, disse sobre sua oposição ao partido.
Apesar disso, o cantor reconheceu que não aprova tudo que acontece no governo Bolsonaro. Ele, no entanto, acha errado comparar escândalos do governo Lula com os atuais. “O cara que fala ‘e o Queiroz?’ tenta comparar uma coisa ruim com outra como se fosse igual. O cara [Lula] roubou bilhões do BNDES, financiou ditaduras. Você quer comparar com um negócio que também está errado [o caso envolvendo Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz], mas é menor”, continuou. “Não é dizer amém a tudo que o cara [Jair Bolsonaro] fizer, mas talvez não seja a hora [de criticar].”
Esquerda e polarização
Além de criticar o PT, Roger Moreira também condenou a esquerda de uma maneira geral. “A esquerda é muito sedutora, promete uma coisa que não entrega, mas é bonita em teoria”, disse, reconhecendo que o viés esquerdista dialoga muito com os jovens.
“A esquerda, principalmente no Brasil, não funciona. Não funciona em lugar nenhum, mas aqui é pior”, continuou. “O capitalismo é o sistema que mais tirou gente da pobreza”, defendeu o cantor.
Roger ainda defendeu que, para combater a esquerda e os problemas do país, a direita deve ficar mais polarizada. “Acho a polarização necessária nesse momento”, disse. Ele usou o uso da força policial contra bandidos como exemplo. “Ir para a cadeia é uma coisa boa quase, ele [bandido] fica lá recebendo comida, com os contatos dele. Precisa radicalizar um pouco para o outro lado, sim”, afirmou o músico.
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