"São canções do Brasil atual", diz Paulo Miklos sobre "Nheengatu"
Os músicos Branco Mello e Paulo Miklos explicaram a origem do nome do novo disco em participação no Pânico desta quinta-feira (24). “Nheengatu”, lançado em 2014, faz referência à uma língua inventada por jesuítas para conseguirem comunicar com os índios de diferentes tribos no Brasil e América Latina.
“Usamos muita música brasileira neste disco novo, inclusive indígena, (que influenciaram) uns riffs de guitarra”, exemplificou Miklos citando também influência da Banda de Pífaros de Caruaru.
Assim como “Cabeça Dinossauro” (1986), “Nheengatu” também é um trabalho conceitual na avaliação do artistas. O uso da máscara, explicaram, surgiu para produção do clipe de “Fardado”, uma crítica às ações truculentas das PMs de todo o Brasil durante manifestações de junho de 2013.
“Não queríamos tocar maquiado na turnê, então fizemos as máscaras”, explicou Branco Mello. “(A ideia do adorno) surgiu com um clipe, uma coisa pequena, e levamos para o palco. Agora é a marca deste trabalho”, falou.
O novo disco da banda tem temas inéditos no repertório da banda, como críticas à pedofilia e violência contra mulher. “São canções que falam sobre o Brasil atual. ‘Fardado’ foi inspirada nas manifestações de 2013”, completou Miklos. “Nossa mensagem é de otimismo”, falou à equipe de Emílio Surita.
Antes de virar DVD, a performance de “Nheengatu” foi eleita como a melhor do ano pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).”É um show muito impactante”, considerou Mello.
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