‘Se fosse piada eu riria, mas não é’, diz Rafinha Bastos sobre homenagem de Bolsonaro a Ustra
Humorista criticou presidente e disse que assessores ‘jogam’ para induzir público à discussão
Sempre envolto em polêmicas e odiado por esquerda e direita na internet, o humorista Rafinha Bastos comentou nesta quinta (15) as recentes falas do presidente Jair Bolsonaro sobre “cocô”, Ditadura e o coronel Brilhante Ustra. “Não dá para colocar tudo isso no mesmo pacote”, disse, em entrevista ao Pânico.
Para o apresentador, algumas das opiniões de Bolsonaro ultrapassam o limite do humor. “Eu acho legal a coisa dele falar de cocô, mandar a Rede Globo às favas”, opinou. “Mas não dá pra colocar tudo isso no mesmo pacote. Até se ele falasse do Ustra em forma de piada eu estaria do lado dele. Mas apoiar torturador, chamar de herói nacional, saudar, não é piada. Se fosse, eu riria.”
Na última semana, o presidente usou o termo “herói nacional” para se referir ao ex-comandante do DOI-CODI no regime militar, reconhecido pela Justiça como torturador. Ele ainda recebeu a viúva do coronel para uma reunião no Palácio do Planalto na ocasião.
Para Rafinha, no entanto, está ‘na moda’ acusar críticos do presidente de pertencerem à esquerda. “Estamos sendo induzidos a jogar esse jogo, a discussão fica pobre. Os assessores políticos entenderam isso e estão jogando com as pessoas.”
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