"A Seleção Brasileira vai sofrer muito nas eliminatórias", diz Cafu

  • Por Jovem Pan
  • 01/10/2015 12h53
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Jovem Pan

O capitão da seleção no pentacampeonato, Cafu participou do Pânico desta quinta-feira (1ª) e disse acreditar que, apesar da dificuldade, o Brasil se credenciará para a Copa do Mundo de 2018. 

Sobre as eliminatórias para o mundial, Cafu resumiu: “É jogo gostoso, que a adrenalina vai a mil por hora. Os caras entram pilhados para ganhar o jogo”. “A seleção brasileira vai sofrer muito nas eliminatórias, mas entrou em campo, esquece. É 11 contra 11”, disse. 

Finalista de três mundiais, Cafu negou que exista jogo comprado, a interesse de empresários ou apostadores. “Não, principalmente se tratando em Copa do Mundo. Para perder um jogo, como em 1998 que falaram que o Brasil vendeu para a França, isso não existe”, assegurou.

O ex-jogador concordou que, antes, os atletas da seleção eram mais próximos da torcida. “Os jogadores que eram convocados todo mundo já conhecia. Hoje não, são jogadores pouco conhecidos pelos brasileiros, mas conhecidos lá fora”, avaliou.

“Estamos carentes de craque, isso é verdade, o último que tivemos foi o Neymar”, disse, para completar que o atual jogador do Barcelona não será substituído tão cedo.

O atleta também  divulgou um jantar beneficiente para a Fundação Cafu, que atende crianças carentes no Jardim Irene, periferia de São Paulo. O evento, agendado para 27 de outubro, será revertido para sustentar a entidade. “É através desse jantar que conseguimos por seis meses ter uma tranquilidade para trabalhar.” Para comprar entradas, clique aqui.

O custo mensal do instituto é de R$ 60 mil para oferecer 1251 atendimentos mensais, contou o ex-atleta. “Nosso foco é que as crianças se incluam na sociedade”, disse ao negar que seja “uma escolinha de futebol”.

Lá, crianças tem aulas de coral, balé e cursos profissionalizantes. “Hoje vivemos de bingos, leilões, jantares, eventos e jogos beneficientes”, falou. “Se ficarmos de braço cruzado esperando o Estado, vamos perder a garotada para o mundo do crime”, criticou Cafu, crescido naquela região e garante que sem chances de mudar de vida “a oportunidade mais próxima é a criminalidade”.

“Ao dar oportunidade ao jovem você transforma ele num cidadão, não dá, ele vira um ladrão”, falou para Emílio Surita e companhia. No Pânico, o ex-jogador de futebol relembrou o começo da carreira.  “Fui reprovado e dispensado oito vezes. Na nona peneira eu consegui ser aprovado”, contou Cafu. “Eu coloquei na cabeça que eu ia jogar e que precisava de uma oportunidade. E eu fui atrás dessa oportunidade”, contou ao conseguir ser jogador do São Paulo profissional com 19 anos.

 

 

 

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