Soninha pretende dar opções de abrigo e higiene 24h para moradores de rua

  • Por Jovem Pan
  • 17/11/2016 14h29
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Johnny Drum/Jovem Pan

Soninha Francine terá uma missão importante no governo de João Doria (PSDB), na Prefeitura de São Paulo, ao assumir a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento em 2017 e lidar com questões ligadas ao número crescente de moradores de rua e também usuários de craque. No Programa Pânico desta quinta-feira (17), a vereadora eleita pelo PPS defendeu ações que integrem essas pessoas e que os deixem aptas a procurar um sentido em suas vidas para recomeçar.

A jornalista criticou o modo como a prefeitura comandada por Fernando Haddad vem lidando com os moradores de rua, tratando-os como se estivessem num regime de quartel, com horários pré-definidos para dormir e tomar banho, por exemplo. Francine acredita que os governantes têm o dever de estar disponível 24h por dia para ajudar essas pessoas.

“A assistência social tem que ser o ponto de partida para os moradores de rua que estão buscando uma mudança. Muitos deles pedem favores como ‘me arruma um emprego?’, ‘me ajuda a arrumar um lugar para tomar banho?’, ‘me ajuda a me internar e largar das drogas?’”, contou.

Dar uma cama para moradores de rua a noite não é o bastante para a política. Soninha espera fazer com que esses moradores tenham atividades durante o dia para se reintegrar. Além disso, vereadora acredita que é necessário dividir essas pessoas por níveis, já que cada uma possui a sua particularidade.

“Muitas pessoas não ficam nesses abrigos porque não querem dividir quatro com uma pessoa que começa a gritar o tempo todo porque sofre de esquizofrenia. Ou outros que não tomam banho há muitos dias”, explicou.

Para ela, é necessário entender a necessidade de cada um e buscar atende-las da melhor forma possível.

“O caminho fácil é oferecer alternativas como tomar banho, trocar roupas e fazer a barba. Se você carrega sua vida nas costas, num carrinho de feira, a pessoa vai passando o tempo e se desacostumando até da própria dignidade. Eles tomam gosto fácil para tomar banho e ficar perfumado. Você tem nesse universo da população de rua que por questão de saúde mental, não conseguiria viver em sociedade. É um número pequeno, mas se fosse bem tratado, consegue viver. Eu faço parte de uma instituição que anda na rua e estabelece conexão com moradores”, comentou.

Empolgada para iniciar o seu trabalho em cima disso, Soninha prega que com oportunidades de lazer e realização para moradores de rua e usuários de drogas, o mercado do tráfico irá diminuir e a chance de reafirmação dessas pessoas é um grande antídoto para esses problemas que assolam a cidade paulistana.

“Com oportunidade de lazer, prazer e realização para os moradores de rua, esse mercado de drogas vai diminuir muito. Essas chances de afirmação é um grande antídoto contra a adição”, concluiu.

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