Para equilibrar contas, Correios estudam demissão de servidores concursados
O prejuízo nos cofres da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é de R$ 500 milhões. Isso somente nos dois primeiros meses de 2017.
Em diferentes cidades brasileiras, os Correios fecham postos, carteiros deixam de fazer as tradicionais entregas diárias e as correspondências atrasam.
Mas, como foi que a empresa que um dia já recebeu o título de mais confiável do País chegou a uma crise dessas?
O presidente dos Correios alega que a atividade postal está em decadência, com tarifas que ficaram anos congeladas por causa da inflação e que a empresa não avançou para outra área de atuação como fizeram as companhias do mesmo ramo no mundo.
Guilherme Campos justificou ainda que o plano de demissão incentivada teve adesão menor do que a esperada, por isso, agora a entidade precisa estudar uma maneira de driblar a estabilidade dos servidores públicos para promover demissões que podem equilibrar as contas da instituição. “Aqui nos Correios o custo pessoal representa dois terços do custo da empresa”, disse.
O secretário-geral da Federação nacional dos Trabalhadores dos Correios José Rivaldo pontua que, antes de promover demissões, a empresa deveria repensar sua forma de gestão, uma vez que indicações políticas colaboraram para que a entidade chegasse a esta situação.
Os trabalhadores aguardam uma conversa com a direção dos Correios agendada para esta quarta-feira.
Se preservada a possibilidade de demissão, eles prometem ingressar o mês de abril com uma greve geral dentro da empresa.
*Informações da repórter Helen Braun
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