Para especialista, situação de Dilma é difícil com ou sem meta fiscal

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2015 12h10
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy e o presidente nacional da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coelho, durante abertura do Fórum OAB de Segurança Jurídica e Infraestrutura (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil - editado Ministro da Fazenda Joaquim Levy

 Dilma Rousseff propôs um superávit primário de 0,5% do PIB de 2016 para evitar cortes em programas sociais, como o Bolsa Família. A presidente bateu de frente com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que na terça-feira (15/12) considerou “inconveniente” a redução da meta fiscal. Ele não participou das negociações na Comissão Mista de Orçamento que permitiram até o uso de dinheiro do PAC para cobrir o superávit.

Falando a Denise Campos de Toledo, o especialista em finanças públicas Raul Veloso diz que a situação de Dilma é difícil, com meta ou sem meta: “Se tem uma meta minimamente razoável, nós vamos ser penalizados por isso. Por outro lado, não há garantia nenhuma que isso acalme os ânimos”.

Outro economista salienta que Dilma Rousseff conseguiu aumentar substancialmente a dívida do país com os bancos. Valter Martins de Almeida lembra que uma montanha de dinheiro dos impostos vai para o pagamento de juros bancários: “Só esse ano vamos pagar R$ 532 bilhões de juros. A ideia desse superávit é para ajudar a pagar um pedação da dívida, de forma que ela não suba muito mais”.

O ministro da Fazenda criticou duramente a articulação para abandonar a meta fiscal de 0,7% do PIB. Joaquim Levy havia ameaçado deixar o governo se esse índice de economia fosse reduzido.

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