Para especialistas, preocupação com zika nas Olimpíadas não se justifica
Uma reunião ministerial convocada pela presidente Dilma Rousseff discutirá nesta quarta-feira (10/02) novas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. O encontro ocorre após o Quênia considerar a hipótese de não enviar atletas aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro devido ao medo do zika vírus. O Comitê Olímpico dos Estados Unidos também teria feito a sugestão, mas uma nota oficial da entidade negou que essa orientação tenha sido feita.
Para o doutor em virologia da Universidade Federal da Bahia, Gúbio Soares, um dos primeiros a identificar o zika no país, a preocupação não se justifica: “A tendência é diminuir a quantidade de mosquitos significativamente. O governo já vem tomando medidas no combate às larvas dos mosquitos, o que também vai ajudar a diminuir”.
Em entrevista a Carolina Ercolin, o infectologista da Unifesp, Ricardo Diaz, também não vê motivos para alarde. Segundo o pesquisador, os atletas irão encontrar um cenário diferente, inclusive, quanto aos estudos sobre o zika vírus: “A maior parte dos países nos próximos meses vai entender que essa ameaça talvez seja previsível e que muita coisa que tem se dito ainda precisa de confirmação”.
Autoridades brasileiras insistem que não há risco para atletas e espectadores, exceto mulheres grávidas, no período dos Jogos Olímpicos. Mas o medo do zika vírus já está se espalhando pelo mundo e pode prejudicar a Olimpíada e o turismo no Rio de Janeiro.
A goleira norte-americana Hope Solo afirmou que não iria para a Cidade Maravilhosa se os Jogos começassem agora. A epidemia vem causando uma onda de cancelamento de pacotes, o que já preocupa a Embratur, órgão responsável pelo marketing do turismo do Brasil.
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