Para secretário, instituições funcionam e fortalecem a democracia
Em entrevista à Jovem Pan, o secretário executivo do programa de Parcerias de Investimentos do governo, Moreira Franco, falou que apesar da instabilidade política, as instituições tem mostrado trabalho: “Olha eu creio que a situação política institucional é mais complexa do que o afastamento da presidente da república. Hoje o Brasil vive uma situação em que a presidente está afastada, o presidente da Câmara, segundo na hierarquia, está afastado. O presidente do Senado está com um pedido de prisão encaminhado pela PGR ao Supremo, mas as instituições estão funcionando”.
O ex-governador do Rio de Janeiro disse também que é fundamental o funcionamento das instituições para fortalecer a democracia. Franco afirmou que apesar da Lava Jato levantar problemas, ela deve continuar: “Muitos problemas decorrem das investigações sendo feitas, e que devem continuar, da Lava Jato, pelo fato de que houve um descalabro que desorganizou toda a economia brasileira”. Ele ainda aponta que esse tipo de processo deve ser tratado com naturalidade, e não transformado em espetáculo.
Ao ser questionado sobre a possibilidade da mudança de votos no julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, e se existe uma pressão nesse sentido, Franco diz que o momento de tensão propicia reivindicações de senadores inexperientes: “Eu não diria que haja chantagem, o que existe é que alguns senadores, aqueles que têm menos experiência e tradição política, veem nesse momento de muita tensão, de intranquilidade, uma oportunidade para fazer uma reivindicação. É menos grave do que avançar no erário, pedir cargos, etc”.
Moreira Franco elogia o rumo econômico para o qual Michel Temer pretende apontar o País: “O governo Temer está apontando um rumo, uma meta, dizendo para onde quer ir. (…) Levantamos o conjunto de dificuldades e desafios que terão que ser enfrentados para restabelecer uma situação econômica que vivemos alguns anos atrás. Foi uma devastação, um vendaval de erros político e econômicos que destruíram a credibilidade, a confiança e até os preços relativos na economia, e isso tem que ser resolvido”.
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