Pela 1ª vez, Lava Jato estabelece ligação entre Dirceu e Eike

  • Por Jovem Pan
  • 22/09/2016 10h09
Montagem/Divulgação e AGBR Eike Batista e José Dirceu - Montagem/Divulgação e AGBR

Pela primeira vez a Lava Jato estabeleceu ligação entre José Dirceu e Eike Batista. Nesta quinta-feira (22), às 07h o informe oficial da Lava Jato deu detalhes que poderíamos imaginar, mas que não sabíamos que viriam à tona de forma tão célere.

Segundo informações do repórter Claudio Tognolli, com base em informe da operação, em 26 de julho de 2012 o Consórcio Integra Ofsshore, formado pelas empresas Mendes Júnior e OSX, firmou com a Petrobras contrato no valor de US$ 922 milhões, para a construção das plataformas P-67 e P-70 (unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência de petróleo voltadas à exploração dos campos de pré-sal).

As consorciadas, de acordo com a força-tarefa da operação, que não detinham tradição no mercado específico de construção e integração de plataformas, viabilizaram a contratação pela Estatal mediante o repasse de valores a pessoas ligadas a agentes públicos e políticos.

“Eike Batista, ex-presidente do Conselho de Administração da OSX, prestou depoimento ao MPF e declarou que, em 01/11/2012, recebeu pedido de um então ministro e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões, no interesse do Partido dos Trabalhadores (PT). Para operacionalizar o repasse da quantia, o executivo da OSX foi procurado e firmou contrato ideologicamente falso com empresa ligada a publicitários já denunciados na Operação Lava Jato por disponibilizarem seus serviços para a lavagem de dinheiro oriundo de crimes”, destaca Tognolli.

Tognolli destaca a relação entre Dirceu e o empresário no esquema de recebimento de vantagens indevidas.

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