Perdas devem ser reduzidas para evitar desabastecimento, defende especialista

  • Por Jovem Pan
  • 15/06/2016 20h44
Vagner Campos / A2 FOTOGRAFIA (16/05/2014) Captação no Sistema Cantareira.

Sistema hídrico de São Paulo está numa posição mais confortável. Algumas projeções catastróficas davam conta que haveria desabastecimento na região metropolitana, entretanto este cenário não se concretizou.

O professor de Engenharia Civil da Unicamp, da área de Hidrologia, Antônio Carlos Zuffo indicou que dentro das previsões sempre há variáveis. “A gente não sabe oq ue vai acontecer. A gente trabalha com uma expectativa, com uma esperança. A esperança é de que fique na média. Em cima da média o que a gente faz é ver cenário. Abaixo da média seria 10%, seriam outras situações. A gente faz simulações de cenários, em cima delas a gente vê se tem cenário otimista, pessimista ou conservador”, explicou.

O especialista Antônio Carlos Zuffo apontou ainda que as obras que estão sendo realizadas como a transposição do Paraíba do Sul devem minimizar os problemas ao longo do tempo.

Todavia, ele acrescentou que é necessária a conscientização a fim de se reduzir as perdas. E citou exemplos no exterior. “Elas vão entrar e aliviar a situação, mas não resolvem ainda. Temos que investir muito na redução de perdas físicas, porque a perda é muito grande. Em países desenvolvidos, de 10 a 15%, no Japão chega a 6%. Na média, nós estamos aqui no Brasil com 40% a 42% de perdas. É muito alto esse índice”, declarou.

Antonio Carlos Zuffo destacou que as chuvas acima da média também tem contribuído para a elevação dos níveis dos reservatórios.

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