Pesquisa pós-debate mostra Macron como o melhor na disputa presidencial francesa
A corrida presidencial francesa teve nesta terça-feira (04) seu segundo debate. E dessa vez todos os 11 candidatos tiveram a oportunidade de participar. Cada um com exatos 18 minutos para expressar suas opiniões e propostas.
Some-se a isso o tempo de abertura e encerramento, você que é bom de matemática já chegou à conclusão de que o programa durou intermináveis quatro horas.
Então não é exagero dizer que toda as sortes de opiniões foram expressadas, desde comunismo, nacionalismo, protecionismo, conservadorismo… não faltaram “ismos”.
O favorito da disputa, o independente Emmanuel Macron, foi bastante cauteloso para não criar problemas faltando apenas algumas semanas para o primeiro turno, que será disputado em 23 de abril.
Mas o candidato preferido do establishment neste momento não deixou de fazer ataques relevantes à nacionalista Marine Le Pen e apontou que a ideia da líder da Frente Nacional de trazer o franco de volta e sair do euro vai afetar o poder de compra dos mais pobres.
Segundo Macron, o nacionalismo que Le Pen defende já deixou cicatrizes profundas na Europa e lotou os cemitérios franceses, fazendo referência às duas guerras mundiais.
A resposta da líder da Frente Nacional foi seca: seu adversário repete bravatas contadas há 40 anos.
As pesquisas pós-debate apontam que Macron foi o melhor da disputa, seguido por Jean-Luc Melenchon, da extrema-esquerda e do combalido François Fillon, da direita, que mais uma vez teve que responder às acusações de corrupção ao tornar mulher e filhos funcionários fantasmas de seu gabinete.
Então faltando menos de 20 dias para o primeiro turno, a disputa parece estar centrada entre Emmanuel Macron e Marine Le Pen. Mas existe um fator importante. Algumas pesquisas chegam a apontar até 40% de indecisos, algo sem precedentes. Então, seria extremamente arriscado fazer qualquer previsão para o segundo turno francês neste momento.
A única certeza é que não importa quem, o vencedor certamente será considerado uma surpresa nesta eleição, que como disse Marine Le Pen, coloca a civilização francesa em jogo.
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