Pesquisa sobre motoristas de ônibus do Brasil revela preocupação com segurança
A Confederação Nacional do Transporte divulgou pesquisa inédita que traça o perfil dos motoristas de ônibus urbanos do Brasil. Os motoristas responderam a questões sobre rotina de trabalho, tecnologia, segurança, saúde e outros temas.
As respostas foram dadas por 1.055 motoristas de 12 Estados das cinco regiões do Brasil.
A proposta é entender o cotidiano e necessidades desses profissionais, como explicou Bruno Batista, diretor-executivo da CNT.
E isso impacta diretamente a vida de pessoas como Antonio Roberto da Silva, que dirige ônibus há quase 35 anos. Escolheu a profissão por não conseguir se ver em uma rotina dentro de um escritório, como ele próprio diz.
Nesse tempo todo, Antonio disse que os avanços tecnológicos dos ônibus foram muito impactantes.
Isso é notado na pesquisa da CNT, onde 77,5% dos entrevistados disseram dirigir veículos com algum sistema de rastreamento com GPS e garantem rodar, em média, 151,9 km por dia.
Um quarto dos entrevistados disse estar há mais de dez anos na mesma empresa, e 75,5% dizem que estão satisfeitos e não têm vontade de trocar de emprego.
É o caso de Antonio, que lembrou, orgulhoso, ter criado toda a família atrás do volante.
No entanto, os motoristas também demonstram preocupação com a atividade. A segurança é um dos temas e traz um dado alarmante.
Quase um terço dos motoristas entrevistados já foi vítima de assalto nos últimos dois anos.
57% dos motoristas ouvidos destacaram que a profissão é desgastante, estressante ou fisicamente cansativa. Esse é um dos pontos que preocupa o motorista Antonio, mesmo estando a um mês da aposentadoria.
As condições da infraestrutura também são dificuldades enfrentadas no dia a dia dos motoristas. O asfalto das vias foi considerado regular, ruim ou péssimo para 77,6% dos entrevistados.
Confira a reportagem completa de Fernando Martins:
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