Petista diz que oposição tentará evitar votação de projeto da reforma trabalhista
Uma disputa está sendo travada na Comissão de reforma trabalhista na Câmara. O relator, deputado Rogerio Marinho (PSDB-RN) é aliado do presidente Michel Temer, e promete um presente para o trabalhador com um relatório, segundo ele, trabalhista.
A mudança na legislação prevê 13 pontos e tem como base a negociação entre sindicatos e patrões com valor legal.
A novidade é que aliados do Governo querem ampliar a reforma e incluir a regulamentação do serviço terceirizado e o fim do imposto sindical.
O presidente da comissão, deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), adiantou que nada impede que a proposta de reforma trabalhista seja ampliada. “Existe a possibilidade de aumentar ou até mesmo de reduzir, se for o caso de construir o consenso de um texto. Todos têm a consciência da necessidade de se atualizar a nossa legislação trabalhista. O texto do relator pode ser bem diferente do que está aqui hoje apresentado”, disse.
As resistências aumentam na comissão. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) disse que irá tentar evitar a votação: “nós vamos impedir que esse projeto seja votado tal como está. Já não temos vontade de votá-lo mesmo que receba emenda. Acreditamos que se passar esse projeto o Brasil passará por um grande retrocesso e vamos lembrar do tempo da escravidão”.
Já na primeira reunião o cronograma de trabalho foi aprovado e prevê um seminário nacional sobre legislação trabalhista. O relator da comissão provocou polêmicas em plenário ao fixar a data de apresentação do relatório no dia 04 de maio.
Estão também definidas 11 audiências públicas começando nesta quinta-feira (16) pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e com o presidente do Superior Tribunal do Trabalho, Ives Gandra Martins Filho.
*Informações do repórter José Maria Trindade
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