PF deflagra operação contra esquema de contrabando e extração ilegal de ouro

  • Por Jovem Pan
  • 09/02/2017 07h10
Rio de Janeiro - A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta manhã os trabalhos da 30ª fase da Operação Lava Jato, a operação Vício. Na foto carros da Polícia Federal chegam com malotes e computadores na sede da polícia, região portuária do Rio (Tânia Rêgo/Agência Brasil) Tânia Rêgo/Agência Brasil Polícia Federal - AGBR

Polícia Federal deflagra operação contra um esquema de contrabando e extração ilegal de ouro de várias regiões do País.

A Operação Crisol foi desencadeada na manhã desta quarta-feira (08) e apura a participação de uma das maiores empresas do ramo de distribuição de valores imobiliários do Brasil, a Ourominas.

O ouro retirado de garimpos irregulares era transportado de avião para São Paulo.

No decorrer das investigações cerca de 70 quilos do minério foram apreendidos enquanto eram transportados ilegalmente do Pará para São Paulo.

A organização criminosa, que atua nos Estados de Mato Grosso, Pará, Amapá e São Paulo, chegou a movimentar cerca de 180 quilos de ouro por semana, o equivalente a R$ 27 milhões.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens da Ourominas na ordem de R$ 100 milhões. Ainda foram autorizados o bloqueio de contas, bens e valores dos investigados, além da suspensão das atividades de empresas.

A Polícia Federal cumpriu seis mandados de prisão temporária, 13 conduções coercitivas e 28 mandados de busca e apreensão nas cidades de Macapá e Oiapoque, no Amapá, em Itaituba no Pará e na capital paulista.

Um policial federal, que foi aliciado pelo grupo para interferir no andamento das investigações, também foi alvo da operação desta quarta.

Os investigados poderão responder por contrabando, lavagem de dinheiro, usurpação de matéria-prima da União e organização criminosa.

Por meio de nota, a Ourominas e seus dirigentes dizem que estão à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários.

A empresa afirma ainda que ainda não teve acesso aos autos da investigação e por isso não teria condições de se manifestar a respeito.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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