PF lança laboratório especializado contra crimes de colarinho branco
A Polícia Federal em São Paulo passa a contar com um laboratório que poderá cruzar dados de operações em andamento e gerar novas investigações. Conhecido como LAB-LD, o dispositivo tem como foco combater a corrupção e a lavagem de dinheiro.
Anteriormente, os dados obtidos precisavam ser interpretados manualmente pelos policiais, em diferentes mecanismos que não eram interligados. Agora, os computadores vão ser operados por agentes dedicados ao processamento de diversos sistemas com grande volume de dados. As informações agrupadas pelo laboratório podem ser dispostas e buscadas em uma espécie de “Google” interno da corporação.
O ministro de Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, descreve a gama de informações que pode ser verificada com a utilização do sistema: “É um laboratório que permite um combate inteligente à corrupção, à criminalidade organizada. É um laboratório que cruza informações em uma velocidade gigantesca e mais do que isso, tem parâmetros de investigação que saem dos parâmetros tradicionais, com o cruzamento de fontes, de nomes, de informações, mesmo as laterais”.
Os recursos do laboratório já foram utilizados na Operação Boca Livre, deflagrada nesta terça-feira (28), contra fraudes na lei Rouanet. O ministro disse ainda que os dados de ações distintas da PF, como a Lava-Jato e a Acrônimo, poderão ser cruzados para iniciar novas operações.
Reportagem: Tiago Muniz
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