PF se defende da acusação de ter feito dossiê contra Sérgio Moro

  • Por Jovem Pan
  • 08/03/2016 15h07
São Paulo - Polícia Federal chega a construtora Odebrecht na 23ª fase da Operação Lava Jato( Rovena Rosa/Agência Brasil) Rovena Rosa/Agência Brasil 40 auditores Da Polícia Federal trabalham na fase que investiga Lula

 A revista Veja trouxe uma reportagem atestando que o vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Flávio Werneck, teria entregado ao ministro Jaques Wagner um dossiê contra a operação Lava Jato e o juiz Sérgio Moro. O presidente da federação que conta com 20 mil associados, Luís Boudens, negou peremptoriamente e disse que o que foi entregue era na verdade um dossiê sobre as condições de melhoria da Polícia Federal e nada contra Moro.

Ainda assim, gerou certa estranheza que o Ministério não tivesse registrado a entrada do policial federal no protocolo da conversa com Wagner. Boudens afirmou à Jovem Pan: “Geralmente quando essas investigações acontecem, a sociedade não tem contato, conhecimento de todos os pontos, de todas as nuances que constam em uma investigação. É muito papel, muita informação e muito depoimento, então geralmente a imprensa faz a extração dessas informações mais importantes e noticia, mas muitos dos pontos podem constar em uma investigação como, por exemplo, pode ter havido uma preparação para que houvesse essa discrepância de informações a cerca do objeto dessa agenda que foi cumprida pelos representantes. O mais prudente é que nós esperemos que a verdade chegue ou através de investigação ou dos vários esclarecimentos que nós temos prestado aos meios de comunicação, para que não se enxergue, como já foi dito até de uma forma meio apressada, de que haveria uma banda podre e uma banda limpa na PF. Isso de forma alguma aconteceu. É o mesmo grupo, os policiais que estão fazendo as investigações em Curitiba , os seus representantes são a extensão deles, da seriedade, do seu compromisso com o Brasil. De forma alguma podemos considerar que há um tipo de divisão de grupos, de banda podre e banda limpa. É o que a federação quer estancar agora, quer esclarecer para todos, que jamais isso poderia acontecer, muito menos após doze horas de um aplaudaço, em que todo o Brasil reconheceu nosso trabalho, nossas investigações em torno da Lava Jato”.

O vice-presidente, Flávio Werneck, a quem é atribuído o dossiê já se prontificou a explicar tudo perante o próprio Sérgio Moro em Curitiba.

Informações: Cláudio Tognolli

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