PMDB quer criar CPI para investigar acordo de delação dos irmãos Batista
O PMDB pretende criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o acordo de delação premiada feito com os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS.
Os depoimentos foram responsáveis por gerar as acusações que pesam sobre o presidente Michel Temer e iniciaram a atual crise política.
Além do partido de Temer, até a noite desta segunda-feira (22), a criação da CPI também já tinha o apoio do PP. O PMDB também articula para que outros partidos da base apoiem formalmente.
Para uma CPI ser criada na Câmara, é necessária a assinatura de 171 deputados. A coleta dessas assinaturas deve começar nesta terça-feira (23).
O deputado Carlos Marun (PMDB) acredita que os responsáveis pelo acordo devem muitas explicações: “existem muitas explicações a serem fornecidas à população em relação ao que realmente aconteceu e ao que envolve nesse acordo. Esperamos contar com a anuência, inclusive, da oposição”.
Porém, a oposição não parece disposta a apoiar a Comissão. O deputado Henrique Fontana, do PT, ironizou a proposta: “primeiro esta é a CPI da piada. Me dá vontade de rir quando vejo PMDB em todos esses atos de corrupção, povo brasileiro não é bobo, essa CPI não vai acontecer”.
O acordo de delação com os donos da JBS recebeu questionamentos pois oferece muito mais benefícios aos delatores do que a de outros ex-executivos, como os da Odebrecht e da OAS.
Os irmãos Batista sequer foram presos.
Segundo o deputado Carlos Marun, a intenção da CPI também é ouvir autoridades como os presidentes da Comissão de Valores Imobiliários, Leonardo Pereira, e da Bovespa, Edemir Pinto.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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