Polícia pede prisão de quatro suspeitos de envolvimento em estupro coletivo
A Polícia pediu a prisão de quatro suspeitos de envolvimento no estupro coletivo de uma jovem de 16 anos em comunidade na zona oeste do Rio de Janeiro. O caso ganhou repercussão internacional após a divulgação na internet de vídeos e fotos da garota violentada e dos responsáveis pelo crime.
Marcelo da Cruz Correa, de 18 anos, e Michel Brazil da Silva, de 20 anos, são suspeitos de divulgar as imagens em redes sociais. Lucas Duarte Santos, de 20 anos, seria namorado da jovem e teria participação direta no crime. Já Raphael Belo, de 41 anos, aparece nas imagens ao lado dela.
Segundo depoimento da vítima à polícia do Rio de Janeiro, ela teria sido abusada por mais de 30 homens. Ela já foi submetida a exames no Instituto Médico Legal e tomou o coquetel de remédios para evitar a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis.
Parte fundamental da investigação é a identificação de todos os envolvidos e o promotor de justiça do Distrito Federal, Frederico Ceroy, em entrevista a Carlos Aros, explica que a rede social onde as imagens foram postadas deve colaborar com a investigação: “Se o usuário postou esse conteúdo por meio do celular dele, foi gerado um IP da conexão que vai remeter à operadora de celular. Cabe à empresa, depois que uma ordem judicial for dada para entregar esse conteúdo, que entregue da forma mais rápida para as forças da lei”.
Para o advogado criminalista Sergei Cobra Arbex, o Brasil deve criar leis específicas para proibir a divulgação de material íntimo. Arbex também pede uma postura mais firme do Ministério Público em casos como este: “Se a Justiça não pune adequadamente, de acordo com a capacidade e a responsabilidade de cada personagem nessa história, aí você começa a mudar algumas atitudes da sociedade. Não é o tamanho da pena, mas tem que ter pelo menos a certeza da punição”.
Outro caso semelhante foi registrado em Bom Jesus, no Piauí, onde uma adolescente de 17 anos foi drogada e estuprada por cinco homens. A OAB classificou esses crimes como uma barbárie e lembra que, além dos abusos sexuais a divulgação de imagens é uma forma de humilhação.
A ONU Mulheres divulgou uma nota se solidarizando com as vítimas de estupros coletivos no Rio de Janeiro e no Piauí. O braço da Organização das Nações Unidas pediu à sociedade brasileira tolerância zero a todas as formas de violência contra a mulher.
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