Polícias do Brasil e do Paraguai montam força-tarefa para investigar mega-assalto

  • Por Jovem Pan
  • 26/04/2017 06h57
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EFE Assalto paraguai - efe

Autoridades reconhecem atuação de criminosos de São Paulo em mega-assalto no Paraguai e admitem indícios de participação do PCC. A informação foi divulgada em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (25) pela força-tarefa que atua no caso.

Ao todo, 14 pessoas já foram presas e três suspeitos morreram em confrontos com as forças de segurança.

A polícia apreendeu seis fuzis, incluindo um exemplar do temido calibre ponto-50, que é capaz de penetrar na blindagem de carros-fortes e abater aeronaves.

Também foram recuperadas cédulas de três moedas: reais, dólares americanos e guaranis paraguaios, além de dois barcos, sete carros e sete quilos de explosivos.

O delegado da Polícia Federal Fabiano Bordignon afirmou que a ação no Paraguai tem características semelhantes a crimes praticados pelo PCC no Brasil. “Tem pessoas de São Paulo, o PCC tem nascimento em SP. É tipo de crime que não é feito por amadores. Existem alguns roubos com modus operandi que aconteceram e foram coordenados pelo PCC. Temos atuação reconhecida do PCC no Brasil e também no Paraguai”, disse.

A força-tarefa localizou uma casa na Ciudad del Este que foi utilizada como base de operação dos bandidos no assalto.

O secretário da segurança do Paraná, Wagner Mesquita, disse que todos os criminosos identificados até agora vieram de outros Estados. “Desses indivíduos, os que já foram qualificados vieram de outros Estados e muito provavelmente compõem organizações criminosas de atuação transnacional”, explicou.

A força-tarefa que investiga o caso é formada pela Polícia Federal do Brasil, Polícia Nacional do Paraguai e pelas polícias estaduais do Paraná.

O roubo a transportadora de valores Prosegur aconteceu na madrugada de segunda-feira na Ciudad del Este, fronteira do Brasil com o Paraguai.

A ação de pelo menos 40 bandidos durou quatro horas e um policial paraguaio foi morto durante o ataque dos criminosos.

Um primeiro cálculo apontava o roubo de 40 milhões de dólares dos cofres da empresa, mas agora a transportadora não divulga um valor fechado.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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