Ernesto Araújo: ‘Sou amigo de Olavo, mas ministro de Bolsonaro’
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta quinta-feira (27) em entrevista ao programa Pra Cima Deles da Jovem Pan, que mantém sua amizade com Olavo de Carvalho, mas ressaltou ser ministro do presidente Jair Bolsonaro.
“Sou amigo de Olavo de Carvalho, mas ministro de Jair Bolsonaro com muito orgulho”, garantiu Araújo ao ser questionado sobre as críticas que recebeu quando seu nome foi anunciado para o Itamaraty e vinculado ao escritor.
“Quem me escolheu para esse cargo foi o presidente e ele me escolheu porque queria implementar uma política externa e, desde comecei, tenho ouvido que as pessoas estão satisfeitas com o trabalho. O que existe é um conjunto de ideias que tenho procurado implementar juntamente ao Itamaraty”, disse.
O ministro ainda classificou o discurso de Jair Bolsonaro na 74ª Assembleia-Geral da ONU, na última terça-feira (24) como “totalmente positivo”.
Na avaliação de Araújo, Bolsonaro “mostrou o novo Brasil sem usar aquele dialeto usado da ONU”. “As dezenas de reuniões que fiz após o discurso foram muito positivas, as pessoas gostam quando ouvem sinceridade e foi o que presidente trouxe, sem aqueles discursos análogos e cheios de clichês que costumam acontecer ali”, afirmou.
Para o ministro, o que foi mostrado na ONU foi além de acordos bilaterais. “O presidente não se concentrou nos acordos, mas tivemos a OCDE. Nossa agenda ecológica é bem robusta e tem mostrado resultado, mas ali também era um âmbito de mostrar nossa base conceitual e as duas coisas têm lugar, em momentos diferentes e com ênfases diferentes.”
O alarmismo feito em relação aos incêndios na Amazônia, para ele, ainda não foi superado, mas está em vias de ser. “Fizemos avanço com o discurso do presidente e com o esforço em Nova York. Procurei passar detalhes do contraste entre a realidade e a narrativa de ficção criada em torno da Amazônia. Houve um choque de verdade, de realidade, e falamos isso com outros países que tiveram muito respeito por nós e vontade de entender. Viemos com uma mensagem sólida que tem penetrado nos grandes meios e sobretudo nos países europeus”, avaliou o ministro
Ditadura de Nicolás Maduro
Na avaliação de Araújo, a crise humanitária enfrentada pela Venezuela está cada vez mais próxima do fim. “Estamos cada vez mais próximo do fim desse pesadelo para os venezuelanos, e o Brasil tem contribuído para isso com resolução aprovada no ONU e com uma reunião que aprovou a investigação entre a ditadura de Maduro e o narcotráfico”, disse.
Para ele, a ONU cumpre com suas funções ao olhar para a questão da violação dos direitos humanos no país. “Quando fizemos uma nota falando sobre o regime ditatorial de Maduro, muitos criticaram dizendo que não era diplomático, mas não optamos por repetir clichês e isso é mais um exemplo da coragem do presidente Bolsonaro. Estamos lançando luz nessa questão e isso levará a uma transição democrática na Venezuela”, garantiu.
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