Prazo de 24h para defesa de Dilma “não muda o cronograma”, garante Lira
O presidente da Comissão Especial do Impeachment(ag senado) Raimundo Lira
O presidente da Comissão Especial do Impeachment no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), prorrogou nesta terça-feira (26) o prazo para que a presidente afastada, Dilma Rousseff, entregasse os documentos com as alegações finais do processo. O prazo foi estendido por 24h e vai até esta quinta-feira (28).
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, Lira garantiu que a prorrogação não interfere no cronograma previamente aprovado e garante o direito de defesa da petista.
“O site do Senado, por necessidade de manutenção, ficou 36 horas fora do ar. A defesa alega que isso trouxe prejuízo em relação a consultas feitas no site. Eles solicitaram adiamento de 48 horas. Entrei em contato com o senador Antonio Anastasia e propus 24 horas. O relator ficou de acordo comigo. Quero informar que isso não muda em nada o cronograma previamente aprovado. Esse tempo foi tirado do tempo do relator”, assegurou.
O prazo de 24 horas, portanto, foi em virtude de problema técnico e não uma “benesse” à defesa. “Nos baseamos no princípio de amplo e total direito de defesa para não haver judicialização do processo”, disse o presidente da comissão.
A decisão de prorrogar a data de entrega dos documentos atendeu parcialmente ao pedido da defesa, que queria dois dias.
Cronograma do impeachment
Sem mudanças, o calendário para a votação permanece “agendado” para final de agosto, período pós-Olimpíadas. “Temos uma data básica como dia 25, um pouquinho para lá, um pouquinho para cá. 23 ou 24 [de agosto]. Não vai ter nenhuma variação”, garantiu.
Raimundo Lira detalhou as próximas datas que se seguem na comissão. No dia 02 de agosto a comissão do impeachment tem a leitura do relatório. No dia seguinte, a discussão. No dia 04 de agosto, o relatório de Anastasia é colocado em votação na comissão.
A primeira votação do relatório no plenário do Senado será realizada no dia 09 de agosto, já sob a presidência da sessão com o presidente do Supremo Tribunal Federal. É necessária a aprovação por maioria simples para que se dê continuidade ao processo.
Trabalhos da Comissão Especial do Impeachment
Em avaliação do que já foi realizado até o momento, o peemedebista destacou que “foi um trabalho produtivo e feito com eficiência”.
Segundo Lira, o rito estabelecido foi “rigorosamente seguido” e, apesar do grande npumero de testemunhas – 40 de defesa – se teve o cuidado de não permitir que pautas de uma reunião “sobrassem” para a próxima.
“Fizemos reuniões de até 15 horas. Concluímos o trabalho cada vez que estava previsto uma pauta e fez com que se fosse concluído em 28 reuniões tudo aquilo que foi previamente determinado e pautado. Um trabalho que cumpriu seu objetivo”, disse.
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