Prefeitos eleitos de Osasco e Embu das Artes permanecem foragidos
A polícia de São Paulo continua à procura dos prefeitos eleitos de Osasco e de Embu das Artes, que tiveram as prisões decretadas na semana passada.
O vereador Rogério Lins, do PTN, que venceu a disputa em segundo turno em Osasco, é acusado de envolvimento em um esquema de contratação de funcionários fantasmas na Câmara Municipal.
Além dele, outros 13 vereadores foram alvos de mandados de prisão, sendo que 11 já estão detidos.
A assessoria de Rogério Lins informou que ele está em viagem ao exterior e deve retornar ao país nos próximos dias.
Já o vereador Ney Santos, do PRB, de Embu das Artes, é acusado de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e ligação com o crime organizado.
Ele é presidente da Câmara Municipal e foi alvo de mandado de prisão preventiva na primeira fase da Operação Xibalba, deflagrada na sexta-feira (09).
De acordo com o Ministério Público, o político lavava as quantias arrecadadas pelo crime organizado em postos de combustíveis da cidade.
Em 2010, quando Ney Santos concorria ao cargo de deputado federal pelo PSC, ele já havia sido acusado de manter ligações com o PCC.
Na época, a polícia descobriu que o candidato prestava assistência jurídica a presos.
Mesmo assim, em outubro, Ney Santos venceu a eleição municipal em Embu das Artes, no primeiro turno, com 79% dos votos.
Neste final de semana, também foram presos o prefeito e o vice-prefeito eleitos da cidade de Presidente Bernardes, no interior do estado.
Luccas Rodrigues e Reginaldo Luiz Cardilo são acusados de coagir testemunhas durante as investigações de supostos crimes eleitorais na campanha municipal deste ano.
As detenções foram ordenadas pela Justiça Eleitoral e os políticos foram encaminhados para o presídio de Presidente Venceslau.
A Justiça ainda deve definir como ficará a situação nestes municípios, a partir de janeiro, caso as prisões dos prefeitos eleitos sejam mantidas.
*Informações do repórter Vitor Brown
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