Prefeituras cogitam suspender pagamento do 13º salário de funcionários por falta de verba
A crise financeira sufoca prefeituras, que paralisam obras e ficam sem verba para o13º salário. Após um ano conturbado, a grande maioria dos municípios não terá condições financeiras de arcar com o pagamento do benefício.
A dura realidade é vista, por exemplo, em 95% das cidades de Minas Gerais, onde a falta de dinheiro é vista como regra geral.
O prefeito de Vespasiano, Carlos Murta, atribui a queda da atividade econômica ao maior endividamento das prefeituras: “Quando a
indústria cai, quando o comércio deixa de circular mercadorias, quando não se vende, tudo isso contribui. Não tem dinheiro na praça, o cidadão está sem dinheiro, está quebrado”. Carlos Murta lembra que a suspensão do 13º é apenas uma parte
da crise, já que, por falta de recursos, muitas cidades até fecharam hospitais.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Zilkoski, a imagem que caracteriza esta situação é a do cobertor curto: “Nos últimos anos os municípios quase que integralmente cumpriram o pagamento do 13º em dia. Agora começa a atrasar muito. Outra questão é que eles acabam pagando o 13º, mas não pagam o salário do mês”. Paulo Zilkoski destaca que a situação é mais dramática em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro.
Outros estados brasileiros também cogitam suspender o 13º: Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Brasília.
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