Prefeituras do interior se preparam para evitar novos surtos de dengue
Em 2015 foram registrados mais de 1,5 milhão de casos de dengue em todo o país e os quatro municípios com maior incidência estão localizados no interior do estado de São Paulo. Mesmo no pós-verão, o número de ocorrências de dengue se manteve alto em cidades como Taubaté, Campinas e Sorocaba no ano passado.
Para evitar um novo surto, o secretário estadual de Saúde, David Uip, diz a Daniel Lian que uma força-tarefa foi criada para reduzir o Aedes aegypti: “Ninguém pretende exterminar o Aedes aegypti, mas que vamos abaixar o nível da infestação em número significativo eu não tenho nenhuma dúvida”.
Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, foram registrados cerca de 45 mil casos de dengue entre julho e novembro. Epidemiologista da Secretaria de Saúde de Campinas, André Freitas, lembra que, desde 2006, o município não consegue zerar a doença. O médico aponta a necessidade do apoio da população já que mais de 80 por cento dos focos do mosquito Aedes aegypti estão nas residências.
O diretor de Vigilância em Saúde de Sorocaba, Rafael Reinoso, ressalta a Anderson Costa que o aumento das chuvas pode deflagrar uma epidemia: “O momento com maior incidência de chuva e aumento da temperatura, que é quando a proliferação do mosquito ocorre de forma mais rápida e mais intensa, pode deflagrar uma epidemia, um estado de emergência”.
Na última quarta-feira, a dengue causou a primeira morte do ano no estado de São Paulo. Um homem de 64 anos faleceu em Presidente Prudente, no interior paulista, após ter o diagnóstico para a doença confirmado.
Além dos quatro tipos de dengue, o mosquito Aedes aegypti é responsável pela transmissão do zika vírus e também da febre chikungunya. No período de fevereiro a abril do ano passado, foram registrados mais de 500 mil casos de dengue no Estado de São Paulo.
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