Premiê britânica sofre pressão após revelação de falhas na inteligência

  • Por Jovem Pan
  • 07/06/2017 12h10
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RU01. SLOUGH (REINO UNIDO), 06/06/2017.- La primera ministra británica, Theresa May, atiende un evento de campaña en el bloque de oficinas Segro en el parque industrial de Slough, al oeste de Londres, Reino Unido, hoy, martes 6 de junio de 2017. La elección general británica se celebrará el 8 de junio de 2017. EFE/GERRY PENNY EFE/GERRY PENNY Primeira-ministra britânica Theresa May durante evento de campanha eleitoral

Na véspera da eleição-geral britânica a primeira-ministra Theresa May está sofrendo uma pressão brutal por conta dos últimos ataques terroristas.

Informações divulgadas por autoridades aqui mesmo do Reino Unido e também da Itália indicam que o serviço de inteligência da rainha falhou feio mais uma vez.

O terceiro terrorista identificado no ataque de sábado, Youssef Zagba, cidadão italiano nascido no Marrocos, chegou a ser preso no aeroporto de Bologna quando tentava viajar para a Síria. Na ocasião, Zagba disse que estava se preparando para ser terrorista.

Ele foi registrado pela polícia italiana e liberado dias depois. A informação foi repassada para o banco de dados europeu sobre jihadistas em potencial, mas o serviço de inteligência britânico não fez nada depois que Zagba se mudou aqui para o Reino Unido.

Lembrando que outro terrorista já tinha inclusive participado de um documentário da TV pública inglesa. Somente um dos três era desconhecido das autoridades locais.

Mesmo assim, Theresa May prometeu reforçar o combate ao terrorismo e até passar por cima das leis europeias de direitos humanos se for preciso. Como a eleição será amanhã, o governo está esperando para anunciar o que será feito para não correr o risco de perder votos com uma polêmica de última hora.

Mas se eleita primeira-ministra, o que provavelmente vai acontecer, May deve ampliar para quase um mês o período que um suspeito de práticas terroristas pode ficar preso sem acusação formal. Ela também deve facilitar o procedimento para expulsar cidadãos do país, mesmo que não existam evidências suficientes para um processo criminal.

Tudo soa muito relevante, no papel. Na prática, está claro que os serviços de inteligência não estão acompanhando o ritmo da ameaça.

O número de mortos no atentado de Londres subiu para oito após ser encontrado o corpo de um francês no Rio Tâmisa.

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