Prescrição encerra Caso Marka sem a punição dos responsáveis
Procurador da República, responsável pelo caso do escândalo financeiro do Banco Marka, em 1999, avaliou com desalento o fim do processo, sem punição dos responsáveis.
A prescrição dos crimes foi declarada pela juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, após se passarem mais de oito anos da última condenação.
Ficaram livres das penas de quatro anos de prisão: o ex-presidente do Banco Central Francisco Lopes, os ex-diretores Claudio Nesse Mauch, Demóstenes Madureira de Pinho Neto e Luiz Bragança (já falecido), além do ex-diretor do banco FonteCindam Luiz Antônio Andrade Gonçalves.
Para o procurador da República, Artur Gueiros, houve um esforço ineficiente de investigação e apuração por parte da acusação durante todos esses anos.
“Apresentação de provas testemunhais, periciais, além de diversas outras providências que foram levadas a juízo e culminaram na condenação dos responsáveis. Todo esse trabalho foi por água abaixo”, disse.
O processo, com cerca de cem volumes, apurou um prejuízo ao governo federal de US$ 1,5 bilhão.
Dentre os principais acusados, só o banqueiro Salvatore Cacciola, ex-dono do banco Marka, ficou pouco mais de três anos preso porque havia fugido. Os demais condenados jamais cumpriram um só dia da pena.
*Informações do repórter Felipe Palma
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