Presidente da Colômbia é acusado de financiar campanha com dinheiro de propina da Odebrecht
O Conselho Nacional Eleitoral da Colômbia vai investigar o envolvimento do presidente Juan Manuel Santos, com o esquema de corrupção da Odebrecht.
Segundo o Ministério Público do país, parte da propina paga pela construtora brasileira teria financiado a reeleição do presidente, em 2014.
A denúncia foi feita pelo ex-senador Otto Bula, que está preso desde o último dia 14 de janeiro.
Ele é acusado de favorecer a empreiteira, em contratos de obras públicas realizadas na Colômbia.
O ex-congressista afirma que o dinheiro repassado pela Odebrecht foi destinado à campanha de Juan Manoel Santos, que recebeu ao menos um milhão de dólares.
O procurador-geral da Colômbia, Néstor Martínez, ressaltou que a ligação do presidente com o esquema de corrupção ainda não está comprovada.
O procurador-geral afirma que o ex-senador Otto Bula ainda não entregou documentos ou provas concretas contra Juan Manoel Santos. Segundo Martínez, todas as informações cedidas nos depoimentos já foram repassadas ao Conselho Nacional Eleitoral. O órgão será o encarregado de conduzir as investigações contra o presidente.
Juan Manoel Santos se manifestou sobre as acusações, pelo Twitter.
O presidente colombiano pediu que o Conselho Nacional Eleitoral investigue a fundo o caso Odebrecht e traga a verdade a público o mais rápido possível.
O esquema liderado pela construtora brasileira também tem reflexos em outros países.
No Peru, as autoridades já pediram a prisão do ex-presidente Alejandro Toledo, que governou o país entre 2001 e 2006.
Ele é acusado de receber 20 milhões de dólares em propina. Toledo está em viagem na Europa e deve ser detido, assim que retornar ao Peru.
No acordo de leniência firmado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht admitiu ter pagado mais de um bilhão de dólares em propina, a autoridades de pelo menos 12 países.
*Informações do repórter Vitor Brown
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