Presidente da Vale não vê reconstrução de barragem como alternativa viável
O presidente da Vale disse que empresa tem divergência com a BHP sobre a retomada das operações da mineradora Samarco. Murilo Ferreira ressaltou que há um desalinhamento a respeito do depósito de rejeitos, além do equacionamento da dívida da empresa.
A Samarco interrompeu as atividades no ano passado após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, que matou 19 pessoas no ano passado.
A companhia tenta uma nova licença para operar modificando o tipo de depósito dos rejeitos.
Durante teleconferência com analistas, Murilo Ferreira explicou que a Vale não vê a reconstrução de Fundão como uma alternativa viável. “Eu devo admitir para vocês que existe um certo desalinhamento entre a Vale e a BHP sobre o processo de retomada da Samarco. Nós enxergamos que a Samarco não é viável na antiga estrutura de depósito de rejeitos. Não acreditamos que seria viável a reconstrução do Fundão”, disse.
Murilo Ferreira afirmou que vai se reunir na semana que vem com o CEO da BHP para tentar chegar a um acordo sobre o assunto. Enquanto isso, a agência de classificação de riscos Fitch voltou a rebaixar a nota da Samarco de C para RD, o penúltimo na escala de ratings.
Segundo a Fitch, a maior preocupação é que a empresa não consiga retomar as operações e arcar com os acordos referentes à tragédia de Mariana.
*Informações do repórter Anderson Costa
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