Presidente de comissão diz que idade mínima deve evoluir até 65 nos próximos 20 anos

  • Por Jovem Pan
  • 17/04/2017 08h31
Brasília- DF- Brasil- 22/03/2016- Reunião ordinária para apreciação do processo nº 01/15, referente à Representação nº 01/15, do PSOL e REDE, em desfavor do dep. Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Dep. Carlos Marun (PMDB-MS). Foto: Antonio Augusto/ Câmara dos Deputados Antonio Augusto /  Câmara dos Deputados Carlos Marun

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), afirmou que o “martelo está batido” em pontos onde ocorrerão mudanças do texto original enviado pelo Governo ao Congresso.

“A transição agora não será como foi proposta na forma original pelo Governo. Uma linha de corte onde se você tivesse 49 anos e 11 meses passava sua aposentadoria para 65 anos e se no dia da promulgação tivesse 50 anos e um mês poderia se aposentar já no outro ano. Essa linha de corte era injusta”, explicou.

Segundo o presidente da comissão, a idade mínima para aposentadoria deve girar para menos de 52 anos para mulheres e 57 anos para os homens. No entanto, “da idade inicial que for estabelecida para o início da transição, isso vai evoluir até os 65 anos nos próximos 20 anos”, segundo Marun.

Questionado se a lista de Fachin e as delações da Odebrecht irão prejudicar o andamento de reformas, Carlos Marun disse que o Congresso não cruzará os braços e os trabalhos continuam.

“Ainda se tratam de denúncias. Eu tenho certeza de que muitos que ali estão serão absolvidos. Temos o dever moral de avançar. Todo mês recebemos nosso salário. Absurdo seria se, a partir de agora, cruzássemos os braços e ficássemos olhando para o céu aguardando os acontecimentos. Devemos votar, votaremos. Mas nós temos que continuar cumprindo o nosso”, garantiu.

Carlos Marun ainda disse não temer as delações e afirmou que vive em “absoluta conformidade com seus rendimentos”.

Além disso, o deputado reforçou que o Congresso continua dando continuidade às reformas. “Nós temos que deixar essa situação avançar. Não vamos e nem podemos cruzar os braços, porque a maioria do parlamento não está sendo investigada. O parlamento, com todos os seus defeitos, ainda é um órgão extremamente vivo e nós vamos efetivamente avançar”.

Confira a entrevista completa:

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