Presidente do BC avalia que uma política desastrada gera prejuízos duradouros
Ilan Goldfajn, de 50 anos, é considerado um economista de perfil técnico e especializado em política monetária. Mas quem o conhece, diz que sabe muito bem sobre política fiscal, o ponto mais problemático do cenário atual no País.
Reconhecido internacionalmente, ele é formado pela PUC-RJ e fez doutorado na norte-americana Massachussets Institute of Technology. Atual economista-chefe do banco Itaú, Ilan tem um livro publicado sobre metas de inflação e foi autor de um estudo premiado sobre os impactos da dívida pública.
Há um ano, quando participava de um evento no instituto Fernando Henrique Cardoso, Goldfajn previa que uma política desastrada geraria prejuízos duradouros na economia brasileira: “Quando você acha que tem algo errado, leva muito mais tempo para acontecer. Uma distorção, uma coisa errada, uma política equivocada, e essa politica não acaba no ano em que ela foi instalada, nem no ano seguinte. Pode levar um ou dois mandatos e quando gera suas consequências, ela gera de forma tão abrupta que você se surpreende pela rapidez.”
Ilan Goldfajn já esteve à frente da diretoria de política econômica do Banco Central entre 2000 e 2003. Fez parte da transição de Armínio Fraga para Henrique Meirelles no comando da autoridade monetária, quando a taxa de juros chegou aos 25,5% ao ano. Em vez de aumentar, o economista quer agora cortar a Selic, que está atualmente em 14,25% ao ano.
Reportagem: Victor LaRegina
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