Presos antes de protesto contra Temer são acusados de associação criminosa
As 26 pessoas presas em flagrante antes de começar protesto contra o presidente Michel Temer começar na tarde deste domingo prestam depoimento no fórum da Barra Funda nesta segunda (05). O juiz determinará se há justificativas legais para manter a detenção dos jovens.
Todos serão acusados de “associação criminosa”, que prevê de 3 a 8 anos de prisão e multa. Os maiores de idade também serão acusados de corrupção de menor. Foram emitidos dois boletins de ocorrência, que separam os dez adolescentes menores de idade dos demais detidos.
Eles foram presos nas proximidades do Centro Cultural Vergueiro, próximo à Av. Paulista, onde ocorreria a manifestação, por volta das 16h. Parte do grupo foi detida perto de estação de metrô na região de Pinheiros, zona oeste.
A polícia alegou suspeita de participação em atos de vandalismo. Foram divulgadas fotos de objetos “suspeitos” encontrados com alguns dos detidos como estilingue, pedras, vinagre, máscara de respiração contra gás lacrimogêneo, tesoura, fita adesiva, um pequeno extintor, caneleiras, cartazes contra Michel Temer e livro sobre o socialismo.
Parentes dos jovens que acampam em frente à sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na zona norte, na manhã desta segunda (5) não obtiveram informações da polícia. Advogados dos presos reclamam que demoraram muito para ter acesso a seus clientes, direito constitucional. A detenção ocorreu às 16h de domingo, mas o contato dos suspeitos com os seus defensores se deu apenas na madrugada desta segunda.
Um representante da ouvidoria das polícias chegou a passar pela sede do Deic.
Com informações do repórter JP Tiago Muniz
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