Primeiro dia de segundo turno na França tem acusações entre Le Pen e Macron
O primeiro dia de campanha no segundo turno nas eleições presidenciais da França começa quente com várias acusações entre os dois candidatos Marine Le Pen e Emmanuel Macron e posicionamentos de lideranças europeias.
O atual presidente francês também fez apelo. François Hollande fez pronunciamento praticamente implorando para que a população votasse em Macron.
O cenário é evidente: o establishment não quer ver Le Pen, candidata da Frente Nacional, a frente. Formou-se uma corrente pró-Macron, que envolve lideranças da União Europeia, chefes da Espanha, Alemanha, mídias.
A única que não entrou na onda foi a primeira-ministra britânica Theresa May. Não dá para a premiê criticar a candidata francesa em plena negociação da saída do Reino Unido da União Europeia. Também não pode elogiar Macron, que é pró-Europa e já afirmou que irá dificultar a vida do Reino Unido nas negociações do Brexit.
As pesquisas divulgadas nesta segunda-feira (24), confirmaram que Marine Le Pen está com mais de 20 pontos percentuais de desvantagem. Ela atacou Macron por ser um candidato fraco por ser o momento que o país precisa, mais que nunca, de um chefe de Estado forte para controlar o problema do terrorismo.
As primeiras pesquisas de opinião apontaram um amplo favoritismo de Macron, que receberia cerca de 60% dos votos, contra 40% de Marine.
Le Pen deixa presidência da Frente Nacional temporariamente
A política de extrema direita Marine Le Pen anunciou nesta segunda-feira que deixou temporariamente a presidência de seu partido, a Frente Nacional (FN), para tentar aumentar sua base eleitoral visando a disputa do segundo turno das eleições presidenciais na França, no qual enfrentará o social liberal Emmanuel Macron em 7 de maio.
“Acredito que é indispensável me afastar da presidência da FN. Nesta noite, não sou a presidenta da FN, sou a candidata das eleições presidenciais, uma candidata que deseja unir os franceses em torno de seu projeto de esperança, de prosperidade, de segurança”, disse ela em entrevista à rede de televisão “France 2”.
Euroóbica e protecionista, Marine Le Pen justificou sua opção para se sentir “mais livre”, sem estar “sob consignas de partido”.
A candidata, que ontem à noite chegou ao segundo turno das eleições com 21,43% dos votos (7,6 milhões), atrás de Macron (8,6 milhões de votos, ou 24,01%), ainda não recebeu apoios públicos de peso.
Seu adversário, no entanto, pediu apoio do atual presidente, François Hollande, de líderes do partido de centro-direita Os Republicanos e do Partido Socialista (PS).
Confira as informações completas do correspondente da Jovem Pan na Europa, Ulisses Neto:
*Com informações de Agência EFE
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