Prisão de Mantega mostra efeito positivo do cruzamento de delações

  • Por Jovem Pan
  • 22/09/2016 09h37
Montagem/JP e AGBR José Maria Trindade

A Polícia Federal prendeu temporariamente nesta quinta-feira (22), o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, no âmbito da 34ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Arquivo X”.

Mantega era investigado na Operação Zelotes e a prisão não era esperada em outra operação.

O repórter da Jovem Pan em Brasília, José Maria Trindade destaca as delações premiadas, que quando cruzadas, possuem efeitos positivos para as investigações.

“Guido Mantega tinha sido citado na delação de Monica Moura, mulher do ex-marqueteiro do PT, João Santana, e em outras delações que indicavam que o ex-ministro operava em busca de recursos em nome da sigla”, diz.

Confira:

Ordens judiciais

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (22), a 34ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Arquivo X”. São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O principal alvo da operação até o momento é o ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma, Guido Mantega, que teve a prisão temporária decretada.

As equipes policiais estão cumprindo 49 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão, 08 mandados de prisão temporária e 08 mandados de condução coercitiva.

Aproximadamente 180 policiais federais e 30 auditores fiscais estão cumprindo as determinações judiciais em cidades nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.

Arquivo X

A 34ª fase investiga a contratação pela Petrobras de empresas para a construção de duas plataformas (p-67 e P70) para exploração de petróleo no pré-sal, as chamadas Floating Storage Offloanding.

Segundo a Polícia Federal, as empresas associaram-se na forma de consórcio para obtenção de contratos de construção das duas plataformas, mesmo que sem experiência, estrutura ou preparo. A associação ocorreu por meio de fraude do processo de licitação, corrupção de agentes públicos e repasse de recursos a agentes e partidos políticos, que eram responsáveis por indicações de cargos importantes da estatal.

O “X”, segundo a PF, faz referência a um dos grupos empresariais investigados e que tem como marca a colocação e repetição da letra em nomes de pessoas jurídicas integrantes do conglomerado empresarial.

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