Produtores de etanol consideram benéfica mudança de postura da Petrobras
Indústria da cana-de-açúcar vê com bons olhos nova política de preços adotada pela Petrobras e defende manutenção da Cide como “imposto ambiental.”
O setor acha positiva a movimentação da estatal, mesmo com a gasolina entrando mais barata nas bombas e afetando a competitividade do etanol.
A presidente da Unica, União da Indústria da Cana de Açúcar, considerou que a estatal passa a admitir menor intervenção governamental, algo que sempre esteve alinhado aos interesses do setor sucroenergético.
Elizabeth Farina afirmou que a política de combustíveis deve ser guiada por racionalidade econômica e elementos previsíveis ao mercado.
“Sempre foi uma solicitação do setor sucroenergético que a política de combustíveis não ficasse refém da política, mas fosse uma estratégia que tivesse racionalidade econômica e trouxesse elementos que todo e qualquer empresário conhece”, disse.
Farina defendeu ainda que a Cide seja entendida como um imposto ambiental, uma vez que o combustível fóssil é mais poluente.
A posição é compartilhada pelo diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, disse que a contribuição deve ser mantida.
“O Brasil não pode ir na contramão do mundo. O mundo hoje que incentiva o consumo de energias renováveis e limpas. Eu acho que não é incompatível você refundar a Petrobras e, ao mesmo tempo, olhar a questão da Cide do etanol”, afirmou.
A Cide é uma contribuição que incide sobre a importação e a comercialização de gasolina, diesel e outros derivados do petróleo.
O presidente Michel Temer já sinalizou que a mudança da política de preços da Petrobras não elevará o tributo por enquanto.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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