Promotor garante que envolvidos na Operação Game Over não sairão impunes

  • Por Jovem Pan
  • 08/07/2016 08h44
SP - OPERAÇÃO GAME OVER/DHPP - GERAL - Preso durante operação Game Over deixa a sede do DHPP, em São Paulo (SP), na manhã desta quarta-feira (6). O objetivo da operação é desarticular o grupo que alterava resultados de partidas de futebol das séries A2,que corresponde à segunda divisão, A3, terceira divisão e B, quarta divisão. Eles compravam treinadores e atletas para manipular os resultados. 06/07/2016 - Foto: SUAMY BEYDOUN/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Suamy Beydoun/Estadão Conteúdo Preso durante operação Game Over deixa a sede do DHPP - AE

Quadrilha investigada na Operação Game Over, da Polícia Federal, atuou em sete Estados e manipulou partidas da primeira divisão de campeonatos regionais.

O esquema de fraude foi detectado no Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão e em divisões inferiores de São Paulo. Até o momento, oito pessoas foram presas, mas ainda há indícios de tentativas de fraude no Acre, no Paraná e no Mato Grosso.

A investigação começou após alerta emitido por uma empresa especializada no monitoramento de resultados, que havia sido contratada pela Fifa.

Entre os jogos com suspeita de manipulação está a goleada do Santo André em cima do Atlético Sorocaba por 9 a 0 em um jogo do Paulistão sub-20.

O promotor de Justiça Paulo Castilho afirmaou ao repórter Anderson Costa que os envolvidos no esquema não sairão impunes. “É uma ação com consistência, onde já permite elementos para o MP estudar no final de semana e semana que vem elaborarmos uma denúncia por formação de quadrilha, manipulação de resultado em crime continuado e, se tivesse passado mais de 30 dias, ainda em concurso material, onde as penas somadas podem ultrapassar os dez anos”, disse.

Segundo a investigação, a parte asiática da quadrilha oferecia entre R$ 20 mil e R$ 30 mil dólares para que os clubes perdessem por resultados mais elásticos.

O delegado Mário Sérgio de Oliveira Pinto explicou por que os criminosos não manipulavam jogos da série A de campeonatos com mais público: “é muito visto, ele é filmado. Súmula, relatório, testemunhas. Quer mais testemunhas que centenas de milhares de torcedores assistindo ao vivo? Isso expõe a fraude. Pouquíssimo renda, pouca presença de público é muito mais fácil de ser manipulado”

O delegado Mressaltou ainda que a investigação já comprovou o envolvimento de, pelo menos, seis clubes no esquema. Apesar disso, ele acredita que os times não poderão ser punidos criminalmente, mas apenas no âmbito esportivo.

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