Promotoria investiga participação de outro indivíduo no homicídio de herdeiro da Yoki
Ministério Público investiga suspeito de ter ajudado Elize Matsunaga a esquartejar corpo do marido após assassinato do herdeiro da Yoki em 2012. O empresário Marcos Kitano Matsunaga foi morto com um tiro na cabeça no apartamento do casal, após uma discussão entre os dois. Elize confessou o crime e disse que agiu sozinha em legítima defesa, já a promotoria acredita que Elize queria o dinheiro da herança da vítima.
O DHPP reabriu o inquérito para apurar a participação de uma terceira pessoa no crime, que teria ajudado a sumir com o corpo de Marcos. A perícia apontou a presença de material genético de outro indivíduo no apartamento, além da vítima e da ré confessa.
O promotor de Justiça, José Carlos Cosenzo, diz ao repórter Anderson Costa que não há dúvidas de que Elize Matsunaga teve auxílio de alguém: “Havia uma sombra muito grande que comunicava um prédio ao outro pelo segundo subsolo, sem que ninguém pudesse verificar a pessoa subindo, verificar a possibilidade de ingresso de outra pessoa da área externa para dentro do prédio, sem que pudesse ser observado por câmeras e pela própria dinâmica. Seria impossível uma pessoa só fazendo isso. O laudo do exame de delito diz o seguinte, que duas ou mais pessoas participaram do homicídio”. Cosenzo ressalta que já há um suspeito que pode ter ajudado Elize Matsunaga, mas lembra que o inquérito corre em sigilo.
A advogada de Elize, Rosselle Soglio, acredita que a promotoria quer incluir mais elementos na história para tumultuar o processo: “Não se diz que é sangue, fala que é fluído biológico que seria de uma terceira pessoa onde estava o corpo do Marcos. Querem fazer ilação onde não existe. Os exames de exumação que foram realizados já no processo comprovam que a Elize está dizendo a verdade, que só ela praticou o crime, da forma como ela conta. O promotor quer tumultuar sabendo que ela praticou o crime exatamente na circunstância que ela conta”.
Elize Matsunaga responde por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. A defesa pediu a retirada de duas agravantes e o julgamento deverá ocorrer ainda neste ano.
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