Protestos contra decreto de Trump geram manifestação de outros países e de Obama
Donald Trump no pátio da Casa Branca nesta quinta (26)
EFE - Donald Trump no pátio da Casa Branca nesta quinta (26)A política de restrição à entrada de imigrantes e refugiados aos Estados Unidos fez o ex-presidente Barack Obama quebrar o silêncio.
Na primeira manifestação desde que deixou o cargo, o democrata disse estar animado com os protestos registrados no país após o anúncio da medida.
Ele ainda negou que a proposta tenha sido inspirada em uma medida tomada por sua gestão em 2011, quando baniu os vistos para refugiados do Iraque por seis meses.
Obama discorda, segundo o porta-voz Kevin Lewis, da noção de discriminar indivíduos por causa de sua fé ou religião.
Nesta segunda-feira, os protestos contra Donald Trump se intensificaram em outros países.
As manifestações chegaram a Londres, onde o ministro britânico de relações exteriores Boris Johnson foi questionado sobre a visita de estado do republicano ao Reino Unido.
Uma petição que reuniu mais de um milhão de assinaturas pediu o cancelamento da vinda de Trump ao país. Mas no parlamento britânico, Johnson confirmou que a visita está em pé. O ministro bateu na mesa e enfatizou que a relação entre os dois países é o fato político mais importante dos últimos 100 anos.
Apesar de ter apoiado Trump diversas vezes, Boris Johnson criticou a ordem executiva que restringiu a entrada de imigrantes e refugiados nos Estados Unidos.
O conservador declarou que a medida é divisiva e equivocada ao estigmatizar as pessoas de acordo com a nacionalidade.
Já o parlamento do Iraque reagiu adotando a política da reciprocidade e aprovou a proibição da entrada de americanos no país, assim como fez o Irã no último sábado.
As reações também continuam dentro dos Estados Unidos. Em resposta ao decreto, duas grandes empresas deram uma resposta ao presidente.
A rede americana Starbucks anunciou que vai contratar 10 mil refugiados nos 75 países em que está presente.
Já a plataforma online de aluguéis Airbnb prometeu alojar gratuitamente todas as pessoas que forem afetadas pela decisão de Trump.
O governo americano saiu em defesa da medida. O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse que o presidente está sendo proativo em vez de ser reativo. Segundo ele, é um ponto-chave que o governo se adiante e pare qualquer tipo de potencial ameaça ao país.
Donald Trump não fez pronunciamentos nesta segunda-feira e assinou uma ordem executiva decretando a eliminação de duas regulações a cada nova regulação que for criada, beneficiando, segundo ele, os pequenos empresários.
O republicano também antecipou no Twitter que vai anunciar nesta terça-feira o nome do novo ministro da Suprema Corte, que vai ocupar uma cadeira que está vazia desde fevereiro do ano passado.
*Informações do repórter Victor LaRegina
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