Protestos contra Maduro deixaram ao menos dois mortos nesta quarta (19)

  • Por Jovem Pan
  • 20/04/2017 08h40
EFE Protesto na Venezuela contra Nicolás Maduro - efe

Na mãe de todas as marchas contra Nicolás Maduro, os venezuelanos desafiaram a tensão política e a violência para ir às ruas. O protesto foi o sexto ocorrido no país desde o começo de abril, quando a Suprema Corte tomou uma decisão para assumir as funções do parlamento.

Às vésperas da manifestação, o presidente anunciou a expansão da milícia bolivariana para 500 mil soldados armados com fuzis.

A expectativa de confrontos nas ruas venezuelanas se cumpriu. Pelo menos duas pessoas morreram nos protestos desta quarta-feira.

O jovem Carlos Moreno, de 17 anos, foi baleado na cabeça por homens em uma moto. Ele não estava participando da manifestação em Caracas.

Na cidade de San Cristóbal, Paola Ramírez, 23 anos foi morta a tiros em um ato que teve mais de cem feridos por asfixia a gás lacrimogênio.

O líder opositor Henrique Capriles disse que o governo usou grupos armados a margem da lei para intimidar a população.

Em frente ao Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, Nicolás Maduro discursou para a manifestação a favor do governo.

O chavista acusou os Estados Unidos de promoverem uma intervenção internacional e disse que Donald Trump representa a chegada dos extremistas à Casa Branca.

Ele ainda garantiu que os defensores de seu governo praticam a paz e disse que o responsável pela violência nos protestos é o presidente da assembleia nacional, o opositor Julio Borges.

Em Washington, o secretário de estado americano, Rex Tillerson, disse que Trump está muito preocupado com o fato de que Maduro está violando a constituição venezuelana e não está permitindo que a oposição tenha suas vozes ouvidas.

Por meio de uma rede social, o ministro das relações exteriores do Brasil, Aloysio Nunes Ferreira, acusou a repressão do governo chavista de ter matado os manifestantes.

*Informações do repórter Victor LaRegina

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